Abertura do ano judicial: A "surpresa" da greve e os "truques" da justiça
Presidente do sindicato mostrou-se surpreso com a decisão e disse mesmo não saber qual a razão para a paralisação.
© Global Imagens
País Sindicatos
À saída do Supremo Tribunal de Justiça, onde esta quinta-feira decorreu a cerimónia da abertura do ano judicial, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais disse aos jornalistas ter ficado surpreendido com o aviso de greve anunciado hoje pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça.
“Ficámos surpreendidos e acho estranho a marcação desta greve. Acho ainda mais estranho o timing e o local para anunciar a greve”, referiu o responsável, frisando que não sabe que “documentos foram entregues pelo outro sindicato e que terão sido rejeitados”.
Fernando Jorge Fernandes disse também que as negociações do seu sindicato com o Ministério da Justiça “estão a decorrer normalmente”, revelando que haverá uma reunião “brevemente”.
Relativamente ao tema que tem marcado as últimas semanas, o sindicalista reiterou que é “extemporâneo” estar a debater o assunto agora em janeiro, uma vez que o mandato da Procuradora-Geral da República só termina em outubro.
Nessa altura, frisou, o Presidente da República “analisará as vantagens e desvantagens de uma renovação do mandato”.
A justiça e os “truques estatísticos”
Fernando Jorge Fernandes admitiu que o “funcionamento do sistema de justiça fica sempre aquém das expetativas”. No entanto, sublinhou, tem havido uma “evolução” embora ainda haja “muita coisa para fazer”, razão pela qual apresentou um conjunto de 89 medidas para o pacto de justiça.
Quanto à diminuição da pendência processual, o sindicalista é perentório: “Isso tem a ver muitas vezes com os truques estatísticos que às vezes existem”.
“O importante é que sejam criadas condições para que os processos que os cidadãos veem arrastar-se nos tribunais tenham um desfecho mais rápido”, vincou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com