El Mundo admite que nome de jornalista é pseudónimo. "Parem de me atacar"
O Sindicato dos Jornalistas portugueses questionou a publicação espanhola sobre o autor da peça sobre Pedrógão Grande que tece duras críticas ao Governo português e à gestão que foi feita durante tragédia.
© Reuters
País Sindicatos
O artigo publicado pelo El Mundo na passada quarta-feira, intitulado ‘Caos no maior incêndio da história de Portugal: 64 mortos, um avião fantasma e 27 aldeias evacuadas’, suscitou alguns franzires de sobrolho entre a opinião pública nacional, uma vez que denotava uma postura clara de crítica ao atual Governo.
A direção do Sindicado dos Jornalistas (SJ) portugueses, alertada pela blogosfera para o facto do nome do autor – 'Sebastião Pereira' – não constar na Comissão da Carteira Profissional decidiu questionar diretamente o jornal madrileno, através de Silvia Román, responsável pela secção de Internacional.
“Nada fizemos de errado, recorremos a um jornalista que utiliza pseudónimo e que já conhecemos bem”, admitiu a profissional, de acordo com o divulgado hoje pelo SJ na sua página, onde é referido ainda que não foram dadas mais informações sobre o jornalista em causa, que tem escrito vários textos sobre os incêndios em Portugal.
Aproveitando o contacto do SJ, Silvia Román deixou ainda um apelo: “Parem de me atacar no Twitter! Parem de me enviar emails! Parem de tentar telefonar-me! Em 22 anos nesta secção nunca me aconteceu algo assim, nem nos casos da Venezuela ou da Turquia!”.
Recorde-se que, no texto em causa, publicado esta quarta-feira, é escrito que “a desastrosa gestão da tragédia poderia pôr fim à carreira política do primeiro-ministro, António Costa”.
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