"Foi o desfecho possível". Mãe de Rúben espera que Iraque faça justiça
Mãe do jovem agredido em Ponte de Sor em agosto passado diz não ter ficado surpreendida com o não levantamento da imunidade diplomática dos alegados agressores do filho.
© SIC
País Ponte de Sor
Vilma Pires, mãe de Rúben Cavaco, reagiu à decisão do não levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque dizendo que o resultado "não corresponde ao que queria" - que os gémeos respondessem em território português pela agressão ao filho - , mas que este foi o "desfecho possível".
Espera, no entanto, que a justiça iraquiana esteja à altura e que julgue Haider e Rhida Saad Ali: "Espero que se faça justiça", reiterou, em conversa com o Notícias ao Minuto.
Questionada sobre como reagiu Rúben à decisão das autoridades iraquianas, Vilma disse que o filho "não se pronuncia muito" e que a sua tarefa de mãe tem sido "resguardá-lo" da "enorme pressão" que o caso tem provocado. Até porque, vincou, o "psicológico dele ainda não está muito bom" e ao fim ao cabo "acaba por ser uma criança, um adolescente" que precisa de ser protegido.
Vilma confessa não ter ficado minimamente surpreendida com o desfecho do caso em Portugal, uma vez que o seu advogado sempre lhe dissera que era o mais provável acontecer. A mãe de Rúben Cavaco contou ainda que soube do fim do processo judicial em solo português "ao mesmo tempo" de todos os portugueses, através da comunicação social. Durante todo o processo e até agora, voltou a sublinhar, não foi contactada por ninguém do Governo português ou da Embaixada do Iraque.
Recorde-se que a decisão das autoridades em não levantar a imunidade diplomática foi ontem dada a conhecer por Augusto Santos Silva. Na sequência de tal desfecho, o Iraque comunicou ainda que o embaixador não tem condições para permanecer em Lisboa e foi, por isso, retirado do cargo. O processo judicial em Portugal chega assim ao fim, seguindo agora para Bagdad, onde se espera que a investigação prossiga.
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