Protesto junta professores, pais e alunos contra amianto
Cerca de 300 alunos, professores e encarregados de educação protestaram esta quinta-feira, em Monforte, contra a existência de amianto nas coberturas de uma das escolas da vila alentejana, reivindicando a construção de um novo centro escolar.
© Lusa
País Monforte
O protesto foi organizado pelo Movimento Contra Amianto nas Escolas de Monforte, tendo ocorrido, durante a manhã, em frente à escola dos 2.º e 3.º ciclos de Monforte, estabelecimento de ensino que o movimento considera estar em estado de "grande degradação".
Em declarações aos jornalistas, Elsa Estrela, uma das representantes do movimento, explicou que a escola está "degradada", as salas e os telheiros "têm buracos" e funciona com "excesso" de alunos.
Durante o protesto, foi entregue uma carta ao director do Agrupamento Vertical de Escolas do Concelho de Monforte e ao presidente do município, em que são reivindicadas melhores condições para os alunos.
"Se não nos responderem às cartas que hoje entregamos ao presidente da câmara e ao director da escola e que vão ser reencaminhadas para a tutela, nós vamos ao Ministério da Educação", garantiu Elsa Estrela.
O director do agrupamento de escolas, António Parreira, reconheceu que trabalhar num estabelecimento de ensino com a presença de amianto "é difícil", uma vez que esta fibra é "nefasta para a saúde".
O responsável corroborou a opinião de que a escola "não tem condições", uma vez que está "muito degradada".
Afirmando que, em termos de equipamentos, a escola está "muito mal servida", António Parreira também defendeu a necessidade de construção de um novo centro escolar para aquela vila alentejana, alegando o facto de a comunidade escolar ter vindo a "aumentar".
"O valor da remoção destes tectos rondará os 180 mil euros, o que significa que estamos perto do valor da comparticipação do Ministério da Educação, conjunta com a autarquia, para a construção de um centro escolar novo", disse.
Remover os tectos do edifício, inaugurado em 1987, segundo António Parreira, "custa tanto como construir uma escola e essa é a grande motivação".
Também presente no protesto, o presidente da Câmara de Monforte, Miguel Rasquinho, considerou um "problema grave" a presença de amianto na escola, lamentando que a tutela não tenha ainda recebido o município para avançar com a construção de um novo centro escolar.
"Nós temos um projecto de centro escolar elaborado e pago pela câmara e disponibilizado ao Ministério da Educação, mas, desde agosto de 2012, que estamos a fazer todos os esforços para sermos recebidos e isso ainda não aconteceu", lamentou.
"Isto é muito simples, esta questão do amianto. Nós temos um orçamento de cerca de 200 mil euros para retirar estas telhas da escola e deixe-me dizer que esses 200 mil euros seriam a contrapartida nacional para o Ministério da Educação nos auxiliar na construção do novo centro escolar", explicou.
Miguel Rasquinho indicou que a construção do novo centro escolar contaria com um investimento de "três milhões de euros", comparticipados em cerca de "85 por cento" por fundos comunitários.
O restante investimento estaria a cargo do município de Monforte e do Ministério da Educação.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com