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"Há órgãos do Ministério Público que estão quase paralisados"

O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, concordou esta quarta-feira com a procuradora-geral da República, afirmando que "há órgãos do Ministério Público que estão praticamente paralisados", por falta de meios humanos e técnicos.

"Há órgãos do Ministério Público que estão quase paralisados"
Notícias ao Minuto

17:02 - 10/04/13 por Lusa

País Marinho Pinto

Marinho e Pinto falava à margem da conferência "Os novos padrões internacionais do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) sobre a luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo: inovações e desafios", organizada pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, que decorre, hoje, em Lisboa.

"A justiça em Portugal funciona mal por muitas razões e uma delas é essa que a procuradora-geral da República apontou e eu estou de acordo com ela. Há órgãos do Ministério Público que estão quase paralisados por falta de pessoas, de funcionários, de meios técnicos para prosseguir as investigações, por falta de formação para os magistrados", afirmou o bastonário.

Para Marinho Pinto, esta é uma situação que "vai ser agravada" com o despacho do Ministério das Finanças que impede a contracção de nova despesa por parte dos ministérios e dos serviços do sector público administrativo, da administração central e da segurança social.

"Este despacho, se não for imediatamente revogado, vai criar situações insustentáveis para o próprio Estado e para a própria sociedade", reiterou.

Na terça-feira, numa audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, mostrou-se preocupada com o actual défice de funcionários do Ministério Público, situação que, disse, se tem agravado com as aposentações e a não substituição desses efectivos.

"O actual quadro é deficiente e preocupante", enfatizou a Joana Marques Vidal, sublinhando que já comunicou o problema à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.

Quanto aos funcionários do Ministério Público disponíveis nos tribunais, a procuradora-geral da República defendeu a necessidade de investir na "formação específica" destes profissionais.

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