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"Até ao final desta legislatura todos terão um médico de família"

O ministro da Saúde deixou duas revelações aos utentes.

"Até ao final desta legislatura todos terão um médico de família"
Notícias ao Minuto

23:18 - 22/04/16 por Zahra Jivá

País Adalberto Campos

Numa entrevista exclusiva à TVI24, o ministro da Saúde, Adalberto Campos deixou algumas novidades para os utentes. No entanto, começou por fazer um balanço daquilo que é o Sistema Nacional de Saúde (SNS) até ao momento.

"Temos pela frente uma responsabilidade enorme, que é a de devolver ao país a confiança no SNS e a propósito do Plano Nacional das Reformas, talvez a maior seja estabelecer uma ligação com as pessoas", destacou, fazendo referência ao programa hoje apresentado pelo Governo socialista, que terá atenção "às pessoas que vivem longe dos grandes centros mas não só"..

Para Adalberto Campos, "um Estado que governa à margem das pessoas ou contra as pessoas não se merece". Isto "significa uma aposta central, tal como o Plano enuncia, nos cuidados de proximidade. E não são apenas edifícios com médicos de família são também enfermeiros de família, unidades móveis que têm um efeito de proximidade para populações que estão muito envelhecidas".

Uma das primeiras conquistas do ministro é "a colocação de médicos de família que ocorrerá nos primeiros dias de junho". "Temos pela primeira vez uma circunstância que diria feliz porque o número de jovens médicos altamente diferenciados que se formam na medicina geral e familiar suplanta aquilo que são os aposentados. Este ano vamos ter o dobro dos médicos a formarem-se face aos que se aposentam", revelou.

Mas há ainda "a possibilidade de iniciar o recrutamento de médicos que se aposentaram, alguns deles, precocemente por razões muitas vezes de desencanto com o sistema. Temos muita esperança que o incentivo que criámos este ano, de 75% do valor da aposentação, em parte esses médicos possam regressar ao sistema".

A enunciar estas medidas, Adalberto falou também na meta que está fixada para contratarem "pelo menos, 150 aposentados e entre os jovens médicos que agora se especializam poder colocar mais 200 e poucos".

Quando questionado por Judite de Sousa sobre a falta de médicos de família para os utentes, o ministro respondeu que evita e evitará "sempre fazer promessas". Contudo, garante "que até ao final desta legislatura, todos os portugueses em Portugal terão, se assim o desejarem, um médico de família e terão a possibilidade de aceder a cuidados de proximidade".

O importante, disse, é então "encontrar maneira de libertar recursos financeiros em aéreas que são de má despesa para devolver às pessoas a confiança e o acesso de coisas muito simples, não se trata de grandes equipamentos, de grandes obras. Estamos confiantes que até ao final deste ano será dado um avanço". significativo.

Anuncindo na estação de Queluz de Baixo duas novidades, Adalberto Campos começou por explicá-las. A primeira é que "a partir do início de maio vai ser possível escolher livremente onde o utente pode realizar uma consulta ou cirurgia, mediada pelo médico de família. Passa a haver um livre acesso ao sistema público e acabam-se as barreiras e os limites".

A segunda, passa pela criação de "incentivos dentro do sistema público, regenerando-o. Novos modelos de organização. Vamos criar os centros de responsabilidade integrada de nova geração à semelhança do que existia em Coimbra. Acreditamosque vamos lançar ainda este ano cinco centros de responsabilidade".

"E vamos também internalizar aquilo que se chama vulgarmente a cirurgia do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) das listas de espera. O que vamos fazer é num ambiente de gestão partilhada de recursos se um hospital por qualquer motivo tem listas de espera inapropriadas antes de que esse doente seja encaminhado para o setor privado ou convencionado serão interpelados os hospitais públicos da região, perguntando querem satisfazer as necessidades de saúde daquele doente. E os profissionais serão pagos em cirurgia adicional, com incentivos de natureza remuneratória", adiantou.

Por fim, declarou que "a justiça social é compaginável com rigor orçamental. O dinheiro é finito, trata-se por tanto de escolher gastar menos numas atividades que possam ser menos úteis".

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