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Câmara de Lisboa insiste na gestão dos transportes e em reativar elétrico 24

A Câmara de Lisboa informou hoje estar em conversações com o Governo e as administrações do Metropolitano e da Carris para gerir os transportes da cidade, prevendo a reativação do elétrico 24, entre o Cais do Sodré e Campolide.

Câmara de Lisboa insiste na gestão dos transportes e em reativar elétrico 24
Notícias ao Minuto

13:52 - 08/12/15 por Lusa

País Conversações

"Estamos em conversações para ver se conseguimos alterar as prioridades dos transportes de Lisboa a um nível mais geral", declarou o presidente do município, Fernando Medina (PS), quando questionado se estava em contacto com a Transportes de Lisboa ('holding' que detém o Metropolitano e a Carris) para a reativação do elétrico 24, prevista na requalificação do Cais do Sodré.

Em outubro, a Transportes de Lisboa garantiu, em resposta escrita enviada à Lusa, que a recuperação desta carreira continuava "a não ser uma prioridade" por haver autocarros que ligam Campolide ao Cais do Sodré.

Já para Fernando Medina, que falava aos jornalistas na Praça Duque da Terceira à margem da uma visita às obras de requalificação do Campo das Cebolas, Corpo Santo e Cais do Sodré, esta reposição deve ser concretizada.

"Uma das razões fundamentais porque achamos que a Câmara de Lisboa deve ter a gestão da Carris é precisamente essa, porque deve ser a Câmara de Lisboa a definir as prioridades centrais da mobilidade e, naturalmente, que a recuperação do elétrico 24 é uma delas", justificou.

As obras do Cais do Sodré arrancaram no final de novembro e deverão estar concluídas em janeiro de 2017.

Segundo Fernando Medina, a obra visa "melhorar toda a mobilidade que aqui tem origem, [...] desde a chegada do barco, comboio, metro, autocarros".

Ao mesmo tempo, a autarquia espera que a empreitada permita concretizar "o sonho da cidade, que é o elétrico 24".

"É uma velha ambição da cidade e esta obra está feita a pensar nisso mesmo, para que possamos ter a médio prazo esse elétrico de novo a funcionar", reforçou Medina.

O Governo anunciou na passada sexta-feira que iria "mandar suspender com efeitos imediatos o processo de obtenção de visto prévio" para os contratos de subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto, para evitar que entrem em vigor.

Em comunicado enviado à Lusa no mesmo dia, o Ministério do Ambiente referiu que, após terem sido solicitados pelo Tribunal de Contas "pedidos de esclarecimento" relativos aos contratos de subconcessão do Metro de Lisboa, Metro do Porto, e das rodoviárias Carris e STCP, decidiu-se ordenar a suspensão do processo de obtenção de visto prévio, e, "em particular, suster a apresentação de qualquer documento em resposta ao pedido de esclarecimentos solicitados".

O parlamento aprovou em novembro a discussão na especialidade dos diplomas apresentados pelo PCP, PS, BE e PEV para o cancelamento e reversão dos processos de subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e do Porto.

Os 10 diplomas tiveram o voto contra do PSD e do CDS-PP e o voto favorável dos restantes partidos.

Prevista no Plano Estratégico dos Transportes 2011-2015, a subconcessão das empresas públicas de transporte de Lisboa e Porto teve o seu culminar este verão, quando o Governo de Passos Coelho atribuiu a rodoviária Carris e o Metropolitano de Lisboa à espanhola Avanza e escolheu as empresas Transdev para explorar o Metro do Porto e a Alsa para a STCP.

O PS anunciou em maio deste ano que, se ganhasse as eleições legislativas, suspenderia o processo de subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto.

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