Misericórdia deu 32 milhões por edifícios que valiam 18 milhões
SCML abriu os 'cordões à bolsa' e comprou dois edifícios por 32 milhões de euros, em 2008. O avultado valor levou ao apuramento de responsabilidades.
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País Departamento
Segundo o Público, a Misericórdia de Lisboa comprou dois edifícios por 32 milhões de euros, em março de 2008, que haviam custado, apenas seis meses antes, 18 milhões de euros.
A Santa Casa procurava um edifício para instalar o seu Departamento de Jogos de modo a manter a certificação e poder continuar a explorar o Euromilhões. Para isso estava obrigada a abandonar, até 2008, o velho edifício que ocupava na Rua das Taipas.
O vice-provedor Rogério de Carvalho foi quem ficou responsável por encontrar as novas instalações e juntamente com a administradora delegada do Departamento de Gestão Imobiliária, Beatriz Afonso, acabaria por fazer o negócio dos prédios na Rua José Malhoa, com o empresário Aprígio Santos.
Os edifícios, inicialmente pertencentes à companhia de seguros Império Bonança, foram vendidos à Aprigius por 18 milhões de euros. O contrato de promessa de compra e venda foi assinado em 2005, mas só em agosto de 2007 o negócio se efetivou. No entanto, antes de se tornar proprietário já o empresário pedia 24 milhões de euros pelo edifício.
A SCML tentou negociar o valor com Aprígio Santos. Porém, as tentativas de baixar o preço acabariam por surtir o efeito contrário, até que a 28 de fevereiro de 2008 o ministro Vieira da Silva autorizava a compra dos edifícios por 32 milhões de euros.
O conselho de auditoria, de acordo com o Público, criticou severamente a compra realizada e propôs em 2012 o apuramento de responsabilidades. Um inquérito interno, já no mandato de Santana Lopes, não determinou a prática de ilícitos criminais, mas continua a haver questões por resolver.
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