GNR alertada hoje para descarga poluente em afluente do rio Lis
Os militares do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Leiria foram hoje ativados, após o alerta de uma descarga de efluentes suinícolas na Ribeira dos Milagres, em Leiria.
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País SEPNA
Fonte da GNR confirmou à agência Lusa que os elementos do SEPNA estiveram no local a investigar as queixas do porta-voz da Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres, Rui Crespo.
"Hoje de manhã constatei a água adulterada, de cor cinzenta escura, com um cheiro característico das suiniculturas. Era visível também formação de espuma muito escura", disse Rui Crespo à agência Lusa.
Segundo o porta-voz da comissão tratar-se-á de "uma ou mais descargas com violência" e o "caudal até está alto".
Para o porta-voz da comissão, "esta água chegará à Praia da Vieira [onde se localiza a foz do rio Lis, de que a Ribeira dos Milagres é afluente] esta tarde, embora muito diluída", mas "não deixa de ser uma água contaminada".
"É um atentado à saúde pública. Continuam a prevaricar. Apesar dos elementos do SEPNA terem estado no local, estes são impotentes pelos meios e efetivos que têm disponíveis", sublinhou Rui Crespo.
Este responsável revelou que a Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres pretende ir ao Parlamento Europeu, para denunciar as constantes descargas e a "falta de solução" do problema.
As descargas para a ribeira dos Milagres ocorrem há várias décadas, prevendo-se que o problema seja resolvido com a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas (ETES).
A 28 de junho de 2013, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, presidiu à assinatura de um protocolo que previa construir a ETES em dois anos, num investimento de cerca de 20 milhões de euros.
A obra foi aprovada como Projeto de Interesse Nacional (PIN) e vai ser alvo de uma candidatura a fundos comunitários, cuja comparticipação deverá rondar os 50% do valor do investimento, informou na ocasião Assunção Cristas.
O protocolo envolve o Ministério da Agricultura, a SIMLIS, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, as autarquias da Batalha, Porto de Mós e Leiria, bem como as entidades promotoras - Recilis, Fomentinvest e a Luságua -, que ficarão responsáveis pela construção, instalação e exploração da estação.
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