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"Divórcio entre a política e as pessoas" dá espaço a radicalismos

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, alertou hoje que o divórcio entre a política e as pessoas pode criar um vazio "capturado pelas minorias barulhentas e os ativismos radicais" que podem levar ao fim do atual regime.

"Divórcio entre a política e as pessoas" dá espaço a radicalismos
Notícias ao Minuto

12:59 - 05/10/23 por Lusa

País 5 Outubro

este o atual divórcio que todos sentem entre a política e as pessoas. A política tem que voltar a ser vista, sentida e vivida pelas pessoas. Mas entre este mundo imaginário e o mundo real das pessoas, o que é que há? Há um vazio, capturado pelas minorias barulhentas e os ativismos radicais. À falta de um ativismo social moderado que dê respostas concretas, é a estes que as pessoas se agarram", disse o autarca, anfitrião das cerimónias oficiais do 05 de Outubro.

O autarca considerou que os políticos, como atores sociais, têm a "responsabilidade ética, moral e social de não deixar que os portugueses se habituem a discursos políticos inconsequentes", que "parece que falam de um país imaginário onde não vivem as pessoas reais".

Moedas lembrou que "a República de 1910 autodestruiu-se também por causa dessas minorias barulhentas e desses radicalismos" e, por isso, o 05 de Outubro é "também uma lição histórica".

"Quem fomenta esses radicalismos arrisca-se a colher, mais cedo ou mais tarde, a dissolução do regime. Não queiramos nós hoje, que caminhamos para os 50 anos do 25 de Abril, contribuir para um desfecho assim", apelou, perante vários responsáveis políticos.

Durante o discurso, enquanto Moedas dizia que "hoje cabe aos políticos não se fecharem no mundo irreal, mas abrirem-se à realidade", cerca de uma centena de pessoas que pretendia assistir à cerimónia ficou atrás das baias, colocadas a cerca de 150 metros do púlpito.

Entre o público descontente por este ano estar afastado da cerimónia do 05 de Outubro, que também assinala o Dia do Professor, dois professores com cartazes com caricaturas de António Costa e do ministro da Educação gritavam "É uma vergonha" e "Eu quero ensinar a República na escola" e "A República não é uma festa privada".

Entre as entidades que estiveram presentes na cerimónia destacou-se o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, além de Moedas, também discursou.

Antes de o chefe de Estado chegar à Praça do Município, em Lisboa, para assinalar o 113.º aniversário da Implantação da República, em 05 de Outubro de 1910, tinham chegado ao local o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, e ainda o primeiro-ministro, António Costa.

Chega e Iniciativa Liberal fizeram-se representar na cerimónia pelos seus líderes, André Ventura e Rui Rocha, respetivamente.

Já o PS, BE e PCP tiveram no local os respetivos líderes parlamentares e o PSD foi representado pelo seu secretário-geral, Hugo Soares.

[Notícia atualizada às 14h04]

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