Clóvis Abreu? PJ desmente afirmações da defesa e garante "não desistir"
O diretor da PJ desmentiu as afirmações do advogado de Clóvis Abreu, que revelou que o ex-fuzileiro estava "disponível para colaborar com a justiça", mas ainda não tinha sido notificado pelo Ministério Público.
© Global Imagens
País Fábio Guerra
O diretor da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, lamentou, esta quinta-feira, que todos os suspeitos da morte do agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) Fábio Guerra não estejam a ser julgados pelo crime de homicídio e desmentiu as informações do advogado de Clóvis Abreu, que afirmou que o suspeito estaria “disponível para colaborar com a justiça e descobrir a verdade”.
“Passou um ano, nós gostaríamos que aqueles que nós entendemos que têm algo a ver com a prática destes crimes de homicídio aqui estivessem a ser julgados. Até porque desde logo se ficou a saber quem é que eram os suspeitos”, começou por referir em declarações aos jornalistas, à saída do Campus de Justiça, em Lisboa.
Lamentando que as autoridades não tenham conseguido “alcançar esse objetivo”, Luís Neves sublinhou que “não foi por falta de esforço e empenho”. “Foi precisamente pelo contrário do que o doutor Aníbal Pinto diz”, afirmou.
O diretor da PJ referia-se ao advogado de Clóvis Abreu, um dos suspeitos da morte de Fábio Guerra, que, na terça-feira, afirmou que o ex-fuzileiro “não tem nenhuma relação” com o caso e “não é nem acusado nem arguido”.
O advogado sublinhou ainda que Clóvis estaria “disponível para colaborar com a justiça” e “descobrir a verdade”, mas ainda não tinha sido notificado pelo Ministério Público.
Contudo, Luís Neves destacou que a PJ “não irá desistir”. “Temos todo o tempo do mundo, temos o nosso esforço, o nosso querer e a nossa motivação - que irá naturalmente continuar”, garantiu.
Questionado sobre o facto de o Ministério Público ainda não ter notificado o suspeito, o diretor da PJ foi taxativo: “O Ministério Público vai notificá-lo para vir em que morada? Onde? A questão é essa. O Clóvis quando quiser apresentar-se às autoridades, apresentar-se-á”.
Sublinhe-se que o julgamento de dois ex-fuzileiros acusados da morte de Fábio Guerra, em março de 2022, à porta de uma discoteca em Lisboa, começou hoje. Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko foram acusados pelo MP de um crime de homicídio qualificado, três crimes de ofensas à integridade física qualificadas e um crime de ofensas à integridade física simples.
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