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Português nega 'golpe do amor' e afirma: "Nunca desapareci"

Bruno diz que nunca disse à mulher que era agente da Interpol e que as fotografias em que surge de distintivo ao peito nas redes sociais foram tiradas por Fernanda "por fetiche". 

Português nega 'golpe do amor' e afirma: "Nunca desapareci"
Notícias ao Minuto

13:57 - 19/04/22 por Marta Ferreira

País Brasil

Bruno Fontes, o português que foi acusado no Brasil por uma mulher, Fernanda Oliveira, de se ter fingido agente da Interpol para aplicar o 'golpe do amor', nega qualquer burla e afirma que "nunca desapareceu". 

Em declarações prestadas ao Notícias ao Minuto, o homem conta a sua versão da história que lhe está "a denegrir a imagem". 

A história começa há "quatro ou cinco anos" quando ambos se conheceram nas redes sociais e iniciaram uma relação amorosa. Bruno diz que nunca disse à mulher que era agente da Interpol e que as fotografias em que surge de distintivo ao peito nas redes sociais foram tiradas por Fernanda "por fetiche". 

"Os distintivos eram dela, tinha um monte de amigos polícias, era fetiche", acusa o português que nega ter enganado a assistente dentária. "Trabalhei com a polícia civil em São Paulo e ela sabia que eu prestava serviço e queria que fosse melhor [aos olhos da família]. Foi uma brincadeira dentro de casa, mas nunca pus isso nas redes sociais", esclarece o homem. 

Do namoro ao casamento marcado em poucos meses só foi preciso uma alegada gravidez. Bruno afirma que Fernanda "queria casar, era o sonho dela" e, ao fim de uns meses juntos, disse-lhe que estava com enjoos. 

"Disse-me que estava grávida, mas nunca me mostrou nada [que o comprovasse]", adianta afirmando que, perante a gravidez, decidiu que o casamento seria o passo a seguir. "Eu ia casar porque sabia que ela estava grávida", afirma. 

Casamento marcado, convites enviados e vestido de noiva escolhido, Bruno afirma que começou a aperceber-se de algumas mentiras após a noiva lhe ter dito que tinha perdido o bebé. 

Num dia em que se encontrava de viagem, "a 400 quilómetros de distância", explica, Fernanda ligou alegando estar com dores e perdas de sangue. "Disse-lhe para ir ao hospital com a mãe e voltei", começa por revelar. Quando chegou, a mulher disse-lhe que tinha perdido a criança, mas não havia nada que provasse nem a gravidez nem a perda do feto. 

Posteriormente, foi alertado por uma amiga de ambos de que Fernanda nunca tinha estado grávida e foi então que Bruno se começou a afastar daquele relacionamento.

Em 2020, quando a pandemia começou, o português era dono de dois ginásios que, segundo conta ao Notícias ao Minuto, acabaram por endividá-lo. 

Desesperado, relata que pediu dinheiro a agiotas, mas que não lhes conseguiu pagar. Decidiu, então, recorrer a Fernanda, pedindo-lhe que o ajudasse e pagasse a dívida aos agiotas sob risco de sofrer represálias dos mesmos. 

A brasileira acudiu-o, com a ajuda também da mãe, e Bruno assegurou-lhe que lhe ia pagar todos os meses até saldar a dívida. "Foi ela que pagou ao agiota e eu queria pagar-lhe tudo, queria cumprir a minha palavra", sublinha. A relação viria depois a terminar, mas o homem afirma que Fernanda mantinha a esperança de reatar consigo. 

No total eram 12 as prestações que Bruno tinha de pagar a Fernanda e assim o fez, segundo garante, mas as coisas começaram a complicar-se após o pagamento da 9.ª prestação, quando a brasileira descobriu que o português tinha outra mulher com quem tinha já, inclusive, casado. 

"Quando descobriu que eu tinha outra mulher começou a ameaçar-me, a publicar coisas no Facebook sobre mim e a minha mulher", continua a explicar adiantando ainda que esta "por raiva" chegou a mandar os "amigos polícias" falar com a sua mulher. 

Bruno decidiu parar os pagamentos e apresentar queixa por difamação. Posteriormente, Fernanda ligou-lhe a pedir desculpa e foi efetuado um pedido de retração pelas publicações feitas no Facebook levando a que o português retirasse a queixa e acordassem o pagamento do remanescente da dívida. 

Por dificuldades financeiras, o português pediu que pudesse ir pagando mediante as suas possibilidades.

"Paguei até novembro do ano passado, só faltou uma prestação de 480 reais [cerca de 95 euros], mas ela faltou com a palavra dela [a mulher terá continuado a sua denegrir a imagem], então não quis pagar mais. Disse-lhe que resolvíamos na justiça. Aí ela mandou tudo para a imprensa", acrescenta. 

Bruno volta a frisar: "Não dei golpe do amor, nem desapareci, ela tem os meus contactos"

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