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Greve às multas pode ser próximo passo de protesto dos polícias

O líder da estrutura que congrega os sindicatos da polícia disse hoje que a luta continuará até que o Governo altere as condições contestadas, assumindo que uma das iniciativas pode ser uma greve às multas.

Greve às multas pode ser próximo passo de protesto dos polícias
Notícias ao Minuto

08:37 - 22/11/13 por Lusa

País Revolta

"Nós vamos continuar a lutar para que este estado de coisas seja alterado", afirmou à Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CPP) dos Sindicados e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues.

"Penso que a Comissão Coordenadora tem de reunir para falar daquilo que aconteceu ontem [manifestação frente ao parlamento na quinta-feira] e todas as acções de protesto e iniciativas estão em cima da mesa", garantiu.

Admitindo que ainda não recebeu qualquer 'feedback' do Governo face à manifestação de quinta-feira, Paulo Rodrigues reconheceu que uma das medidas que poderá ser adoptada é uma greve às multas.

"Essa possibilidade surgiu ontem [na quinta-feira], mas não partiu nem da CCP nem de nenhuma organização sindical que esteve presente na iniciativa", disse.

Segundo adiantou, a ideia surgiu quando "um papel começou a passar entre os participantes na manifestação" e, embora não tenha sido proposta ou defendida por nenhuma organização sindical, "é daquelas medidas que os profissionais podem adoptar" e que só depende da vontade de cada um.

"Sei perfeitamente que há uma grande desmotivação, há uma grande revolta e que todas as iniciativas que possam reflectir o protesto e essa desmotivação podem vir a acontecer", disse o sindicalista.

Milhares de polícias manifestaram-se na quinta-feira em Lisboa e conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional e desmobilizaram voluntariamente.

Em declarações à Lusa na quinta-feira, Paulo Rodrigues explicou que a invasão da escadaria da Assembleia da República foi uma "acção simbólica" e "um estado de revolva" contra a governação do país.

"O que aconteceu aqui foi um estado de revolta", disse, adiantando que não se registaram agressões nem feridos, e que a iniciativa partiu de uma "atitude espontânea".

Apesar das declarações do sindicalista, a agência Lusa testemunhou no local a existência de um manifestante ferido durante os acontecimentos junto à Assembleia da República.

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