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"Os médias serão um dos alvos destes que hoje ajudam e levam ao colo"

A Frente Unitária Antifascista critica o convite da TVI a Mário Machado, líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social.

"Os médias serão um dos alvos destes que hoje ajudam e levam ao colo"
Notícias ao Minuto

19:12 - 04/01/19 por Natacha Nunes Costa

País Antifascismo

A Frente Unitária Antifascista também já reagiu à presença de Mário Machado, líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social, em dois programas diferentes, no mesmo dia, na TVI.

Num comunicado enviado à redação do Notícias ao Minuto, a Frente Unitária Antifascista começa por dizer que o ano de 2019 começou “muito mal”.

“Em três dias apenas, temos um fascista a ser empossado Presidente do Brasil e Marcelo Rebelo de Sousa na qualidade de Presidente da República Portuguesa (afilhado do Ditador e Presidente do Conselho Marcelo Caetano e filho de Ministro Baltasar Rebelo de Sousa da Ditadura Fascista em Portugal) presente na tomada de posse de Jair Bolsonaro”, lê-se para logo a seguir passar-se ao assunto que está a marcar a semana.

E agora assistimos a esta tentativa de normalização e naturalização do fascismo e do racismo por parte da TVI (...) que  deu tempo de antena, ao líder de extrema-direita/fascista Mário Machado”, referem, acrescentando pormenores do ‘currículo’ do entrevistado de ‘Você na TV’.

“Mário Machado é um antigo dirigente da Frente Nacional, uma organização de extrema-direita protofascista. Foi condenado, em 1997, a uma pena de quatro anos de prisão por estar envolvido no assassinato de Alcino Monteiro, espancado até à morte em 1995, no Bairro Alto, num ato que consideramos totalmente abjeto, bárbaro e de cunho racista. Depois disso, voltou a ser condenado por vários crimes de violência, sequestro, posse de arma e discriminação racial. Atualmente é líder de uma organização, a Nova Ordem Social, organização essa que defende a ideologia fascista e que está a organizar uma manifestação em homenagem a Salazar”, explicam.

A Frente Unitária Antifascista diz ainda que não percebe como é que é possível “termos assistido num canal de TV generalista, em sinal aberto e com uma audiência substancial, uma pessoa que defende o fascismo e que lidera uma organização que promove o mesmo, assim como o Racismo e a Xenofobia, proibidas e condenadas também pela nossa constituição” e critica quem usa a liberdade de expressão como justificação para entrevistar o líder de um movimento de extrema-direita.

“A liberdade de expressão não pode nem deve ser usada para dar espaço à infiltração de ideologias que a querem banir e destruir. Como o Passado nos ensina e nunca o devemos esquecer a tolerância ilimitada leva, paradoxalmente, ao desaparecimento da tolerância (…) Os médias, que se querem livres e independentes, serão um dos alvos destes mesmos que hoje ajudam e levam ao colo”, concluem.

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