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Associações da construção formam coligação para setor ter "uma voz única"

As duas associações nacionais do setor da construção, AICCOPN e AECOPS, anunciam hoje a integração numa única estrutura associativa para representar "de forma unitária e a todos os níveis o setor da construção em Portugal e no estrangeiro".

Associações da construção formam coligação para setor ter "uma voz única"
Notícias ao Minuto

11:07 - 20/09/18 por Lusa

País associativismo

"Queremos que o setor tenha, em definitivo, uma voz única. Entendemos que num país da dimensão do nosso não faz sentido a existência das duas associações e desta forma ganhamos poder para valorizar as empresas e para enfrentar os desafios da internacionalização, da identificação das oportunidades de negócio e da regulação do mercado", afirmou o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) em declarações à agência Lusa.

Segundo Manuel Reis Campos, o setor português da construção ficou "desregulado" após a forte crise que atravessou, tendo perdido 37 mil empresas e 260 mil trabalhadores numa década.

"Muitos trabalhadores foram embora [para o estrangeiro] e agora temos muita falta de mão-de-obra", sustentou, recordando estar neste momento em curso a revalidação dos alvarás das empresas, um "controlo oficioso que não era feito há três anos", o que levou a "muita clandestinidade", com empresas "a trabalhar sem alvará, sem seguro e sem os trabalhadores na Segurança Social".

"Teremos uma força maior se formos uma associação que represente legitimamente e de forma mais alargada o setor. A definição de estratégias globais para o setor e para as empresas é muito melhor com uma estrutura que seja unitária e ajustada às necessidades do setor", considerou Reis Campos.

Neste contexto, a AICCOPN e a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) assinam hoje, no Porto, um memorando de entendimento com vista à constituição de uma "coligação interassociativa" que se traduzirá na criação de uma "direção única" e, no próximo ano, numa efetiva "integração interassociativa".

Segundo as associações, trata-se de mais um passo na "evolução estratégica e estrutural do movimento associativo em Portugal, com o qual se pretende corresponder às necessidades do país e das empresas que integram um setor que é o maior empregador privado nacional e um ´cluster' que representa um quinto do PIB [Produto Interno Bruto] e é prioritário para o crescimento económico e para o desenvolvimento de Portugal".

De acordo com Manuel Reis Campos, numa primeira fase a nova estrutura associativa coexistirá com a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), mas esta acabará por desaparecer, até porque das quatro associações fundadoras -- AICCOPN, AECOPS, ANEOP (Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas) e AICE (Associação dos Industriais da Construção de Edifícios) -- apenas as duas primeiras constituem, atualmente, a federação.

Todo o sentido continua a fazer, contudo, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), na qual a AICCOPN e a AECOPS ocupam atualmente a presidência e a vice-presidência, respetivamente, mas que congrega todas as 23 associações da fileira, "desde os projetistas até aos condomínios", passando pelos promotores, construtores, mediadores e materiais de construção.

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