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Pais de escola básica boicotam aulas esta semana

Os pais das crianças do 1.º ciclo do ensino básico de Monforte estão a boicotar as aulas, esta semana, contra a constituição das turmas e distribuição dos alunos do primeiro ano pelos outros anos de ensino.

Pais de escola básica boicotam aulas esta semana
Notícias ao Minuto

14:12 - 16/09/13 por Lusa

País Monforte

O porta-voz dos pais, Paulo da Graça, explicou hoje à agência Lusa que o ensino básico no concelho é frequentado, este ano, por um total de 65 crianças e que, “até final da semana, ninguém vai às aulas”.

“As aulas do primeiro ano começaram na sexta-feira, mas os alunos não foram, tal como aconteceu hoje. E o boicote vai continuar até final da semana, também com os encarregados de educação dos alunos dos outros três anos, que decidiram juntar-se ao protesto”, disse.

Durante a manhã de hoje, os pais concentraram-se junto da Escola Básica de Monforte e alargaram o boicote, mas, contactado pela Lusa, o diretor do Agrupamento de Escolas do concelho, António Parreira, apesar de concordar com as reivindicações dos pais, discordou da forma de protesto.

“Concordo que não é vantajoso dividir os alunos do primeiro ano, mas este boicote às aulas não me parece, até em termos educativos, a melhor forma de atuar”, afirmou.

Em causa está, segundo Paulo da Graça, o facto de, neste ano letivo, a Escola Básica de Monforte deixar de ter quatro turmas, uma por cada ano de ensino, do primeiro ao quarto, para passar a ter apenas três.

Com este modelo, os 14 alunos do primeiro ano, em vez de terem uma turma própria, foram distribuídos pelo segundo, terceiro e quarto anos.

“Aos 20 alunos do segundo ano juntaram seis do primeiro, porque podiam constituir uma turma de 26 alunos. No terceiro, existiam 17 e juntaram três do primeiro, para um total de 20, já que existem crianças com necessidades educativas especiais. Os outros cinco, ficaram com os 14 do quarto ano”, explicou Paulo da Graça.

Os pais contestam “esta composição de turmas e, em especial, a distribuição dos alunos do primeiro ano pelas turmas dos outros anos”, porque “violam critérios de natureza pedagógica e estão a submeter as crianças a uma crueldade tremenda”.

“Qualquer regulamento interno de um estabelecimento de ensino é claro, quando recomenda que os alunos que vêm do pré-escolar devem ser agrupados num primeiro ano, evitando que se isolem crianças. Isso não foi tido em atenção”, frisou Paulo da Graça.

Caso as suas reivindicações não sejam atendidas, os pais “estão a ponderar avançar com uma providência cautelar”, admitiu o porta-voz.

O diretor do agrupamento escolar explicou à Lusa que a direção propôs ao Ministério da Educação e Ciência (MEC) a constituição de quatro grupos para o 1.º ciclo do ensino básico, “um para cada ano”.

Mas o agrupamento “foi informado pelo MEC de que o número total de alunos do 1.º ciclo no concelho só dava direito à criação de três grupos e foram essas instruções que tivemos de cumprir”, disse.

António Parreira referiu ainda que “não é vantajoso dividir os alunos”, mas sublinhou que nada mais pode fazer: “Tenho feito chegar superiormente a minha opinião, mas é uma decisão que não me cabe a mim”.

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