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Holanda ajuda com financiamento público para abortos em resposta a Trump

O governo da Holanda quer reunir donativos para compensar a proibição, por parte dos Estados Unidos, de financiamento público a grupos internacionais que realizam abortos ou dão informação sobre essa opção.

Holanda ajuda com financiamento público para abortos em resposta a Trump
Notícias ao Minuto

22:15 - 28/01/17 por Lusa

Mundo Governo

O Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês revelou hoje que lançou um 'site' de angariação de dez milhões de euros para apoiar unidades de saúde que fazem abortos em países em desenvolvimento.

A decisão surge dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter restaurado a proibição de financiamento público a grupos internacionais que realizam abortos.

Essa disposição legal tem estado no centro de uma espécie de 'ping-pong' político desde 1984, tendo sido sucessivamente imposta pelos Governos republicanos e revogada pelos democratas.

No site 'She Decides', o governo da Holanda afirma: "Não podemos desiludir as mulheres e as raparigas. Elas devem ter o direito de decidir se querem ter filhos, quando querem ter filhos e com quem querem ter filhos".

De acordo com o governo holandês, a decisão de Donald Trump deixa um vazio de 600 milhões de euros de apoio financeiro que é preciso colmatar com donativos de cidadãos anónimos, de empresas, organizações ou outras entidades governamentais.

O governo canadiano já fez saber que pretende contribuir financeiramente para este fundo.

De acordo com a associação Marie Stopes, a proibição de financiamento nos Estados Unidos vai resultar no aparecimento de cerca de 6,5 milhões de gravidezes indesejadas e 2,2 milhões de abortos sem condições.

Trump assinou o diploma um dia após o aniversário, a 22 de janeiro, da decisão de 1973 do Supremo Tribunal Roe vs. Wade, que legalizou o aborto nos Estados Unidos - a data em que habitualmente os presidentes norte-americanos decidem sobre esta matéria.

A legislação também proíbe financiamento com o dinheiro dos contribuintes para grupos de pressão que pretendem legalizar o aborto ou promovê-lo como método de planeamento familiar.

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