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Presidente romeno convoca referendo sobre controverso projeto de amnistia

O Presidente romeno Klaus Iohannis anunciou hoje a convocação de um referendo sobre um controverso projeto governamental de amnistia que permitirá aos responsáveis políticos evitarem processos judiciais.

Presidente romeno convoca referendo sobre controverso projeto de amnistia
Notícias ao Minuto

19:04 - 23/01/17 por Lusa

Mundo Klaus Iohannis

"Os romenos poderão exprimir-se, dizer se estão de acordo" com o texto, declarou o Presidente de centro-direita no decurso de um discurso televisivo.

No domingo, mais de 15.000 romenos concentraram-se em diversas cidades do país em protesto contra este projeto de amnistia, também denunciado pelo Conselho Superior da Magistratura e diversas organizações não-governamentais.

O Governo social-democrata (PSD, centro-esquerda) do novo primeiro-ministro Sorin Grindeanu anunciou hoje dois decretos de urgência que indultam cerca de 2.500 detidos condenados a penas até cinco anos de prisão, incluindo homens políticos, e que despenalizam diversas infrações.

A adoção formal destes textos, prevista segundo os 'media' para ser formalizada hoje mas sem consulta pública, foi adiada a pedido de Iohannis, que decidiu comparecer de forma imprevista na reunião do Conselho de ministros.

O Presidente romeno não ocultou as suas reservas sobre o regresso do PSD ao poder, após a sua vitória nas legislativas de dezembro e um ano após ter sido afastado do governo pelas amplas manifestações contra a corrupção.

O chefe de Estado participou pessoalmente nas manifestações de domingo. De acordo com os organizadores, os decretos governamentais têm "destinatários precisos", em particular o chefe do PSD Liviu Dragena, condenado a dois anos de prisão com pena suspensa por fraude eleitoral e acusado de abuso e poder num caso de presumíveis empregos fictícios.

O PSD rejeitou estas alegações, assegurando que os decretos se destinavam a "esvaziar" as prisões. O partido também argumentou com a legitimidade que lhe confere a sua ampla vitória nas legislativas de dezembro. No entanto, Iohannis considerou que "estes temas não estavam incluídos no programa" desta formação.

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