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Missão da CPLP descreve eleições sem incidentes na Guiné Equatorial

Os observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) consideram que as eleições presidenciais na Guiné Equatorial, este domingo, decorreram "de forma ordeira e pacífica" e registaram uma predominância de elementos do partido no poder.

Missão da CPLP descreve eleições sem incidentes na Guiné Equatorial
Notícias ao Minuto

09:15 - 26/04/16 por Lusa

Mundo Observadores

"A votação decorreu de forma ordeira e pacífica, não havendo registo de incidentes. O ato eleitoral foi acompanhado de um visível dispositivo de segurança", considera a equipa de acompanhamento da CPLP, numa nota enviada à agência Lusa.

De acordo com dados provisórios divulgados pela Junta Eleitoral Nacional na madrugada de segunda-feira, o Presidente, Teodoro Obiang Nguema, no poder desde 1979, foi reeleito com mais de 98% dos votos.

Os observadores da organização lusófona, a que a Guiné Equatorial aderiu em 2014, constataram, nas deslocações realizadas, "a predominância de elementos de campanha eleitoral do PDGE [Partido Democrático da Guiné Equatorial, no poder] face às demais candidaturas".

Por outro lado, a equipa observou a presença de delegados do PDGE "em todas as mesas visitadas, e a presença, em menor número de mesas, de delegados de outras candidaturas".

Os elementos da CPLP estiveram na Guiné Equatorial desde sexta-feira passada e regressam hoje a Portugal, tendo visitado um total de 55 mesas de voto nos distritos de Malabo, Baney e Luba.

"O dia eleitoral decorreu conforme os procedimentos operacionais previstos para o efeito, designadamente no Manual de Instrução para os Membros das Mesas" e, "nos locais visitados, os membros das mesas de voto demonstraram o necessário conhecimento sobre os procedimentos a seguir, o mesmo acontecendo com a generalidade dos eleitores", descreve a missão de acompanhamento.

Os observadores verificaram ainda que as mesas visitadas "dispunham do material necessário ao seu bom funcionamento e ao exercício do voto por parte dos eleitores", acrescenta.

Segundo a CPLP, a ação da equipa "foi condicionada pela chegada tardia ao país, o que não permitiu o acompanhamento do ciclo eleitoral, designadamente do período de campanha, nem assegurar a cobertura da parte continental do território nacional". Em declarações à Lusa, o secretário executivo da comunidade, Murade Murargy, disse que tal se deveu a constrangimentos financeiros.

Por outro lado, acrescenta a nota da missão de acompanhamento, não foram disponibilizadas listas das mesas de voto em tempo útil, o que "não permitiu a identificação atempada dos locais de acompanhamento do ato eleitoral".

A missão decorreu a convite das autoridades da Guiné Equatorial e a equipa é foi chefiada pelo representante permanente de Timor-Leste junto da CPLP, embaixador Antonito de Araújo, integrando ainda diplomatas das representações de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe e elementos do secretariado-executivo.

As autoridades equato-guineenses também relataram que a votação de domingo decorreu sem incidentes e em total normalidade.

Os resultados eleitorais finais são aguardados na quinta-feira. Nas anteriores eleições de 2009, Obiang Nguema obteve 95,37% dos votos.

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