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Ministros ameaçam desfazer coligação se Netanyahu não atacar Rafah

O ministro da Segurança Nacional israelita de extrema-direita ameaçou hoje desfazer a coligação com o primeiro-ministro caso este não invada Rafah, depois da retirada de tropas do sul da Faixa de Gaza no domingo.

Ministros ameaçam desfazer coligação se Netanyahu não atacar Rafah
Notícias ao Minuto

10:54 - 08/04/24 por Lusa

Mundo Israel

"Se o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] decidir acabar com a guerra sem um ataque extensivo a Rafah para derrotar o Hamas, ele não terá mandato para continuar a servir como primeiro-ministro", disse Itamar Ben Gvir, líder do partido Poder Judeu, numa mensagem publicada na rede social X.

Além do Likud (Consolidação, em hebraico, partido de centro-direita) de Netanyahu, a coligação governante é composta pelo Sionismo Religioso (uma aliança de extrema-direita, antiárabe e que defende a supremacia judaica), o Poder Judeu (antiárabe e herdeiro de ideais violentos) e o Noam (Agrado, em hebraico, partido ultraortodoxo).

Da aliança fazem ainda parte dois partidos ultraortodoxos: o Shas e o Judaísmo Unidos pela Torá [os livros sagrados do judaísmo].

Por sua vez, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, líder do partido Sionismo Religioso, apelou hoje aos seus membros para uma consulta urgente, segundo a imprensa hebraica.

A reunião visa abordar o desenvolvimento da guerra e os rumores de "avanços" nas negociações para uma trégua, avançou o canal egípcio al-Qahera News, referindo que Smotrich também se opõe ao levantamento da pressão militar em Gaza.

Netanyahu é, como sugere hoje um editorial do jornal israelita Maariv, "refém de Ben Gvir e Smotrich", o que dificulta a obtenção de um acordo para tréguas.

Negando informações egípcias que falavam de "progressos" nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, depois de conversações realizadas no domingo à noite no Cairo entre o movimento islamita palestiniano Hamas, Israel e mediadores do Qatar e dos Estados Unidos, fontes do Hamas garantiram que "todas as tentativas dos mediadores para chegar a um acordo foram recebidas com a inflexibilidade israelita".

"Para já não há avanços nas negociações. Se houver, iremos anunciá-lo através dos canais oficiais. O Hamas mantém as exigências, que incluem um cessar-fogo, a retirada israelita da Faixa de Gaza, a entrada de ajuda, o regresso dos habitantes de Gaza deslocados e uma troca de prisioneiros", disse um responsável sob anonimato à televisão Al Mayadeen, citado pela agência de notícias espanhola Efe.

Segundo o canal egípcio al-Qahera News, as delegações norte-americana e israelita deverão retomar as negociações daqui a 48 horas, na mesma altura em que recomeçarão as reuniões entre o Qatar e o Hamas, coincidindo com o Aid al Fitr, a festa que encerra o mês sagrado do Ramadão.

Leia Também: Soldados alvejaram palestiniana que tentou esfaqueamento na Cisjordânia

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