Exército de Israel promete investigar morte de funcionários em Gaza
Israel prometeu hoje investigar o ataque que matou sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen (WCK) em Gaza.
© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
De acordo com o portal das autoridades militares de Israel, será ativado o Mecanismo de Apuramento de Factos e Avaliação, um órgão chefiado por um major-general israelita, encarregado de fornecer o máximo de informações para decidir se deve ser aberta uma investigação criminal sobre o incidente mortal ocorrido durante os combates.
Imagens recentemente publicadas nas redes sociais mostram que um dos veículos da organização WCK apresenta danos no tejadilho, o que sugere que poderá ter sido atingido por um ataque aéreo.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que falou pessoalmente com o cozinheiro espanhol José Andrés, fundador do grupo humanitário, para expressar as condolências pela morte dos trabalhadores.
"Vamos abrir um inquérito para analisar este grave incidente. Isto vai ajudar a reduzir o risco de um acontecimento semelhante" no futuro, afirmou.
Hagari afirmou que o incidente está a ser analisado "ao mais alto nível".
A World Central Kitchen anunciou que vai suspender as operações na região na sequência do ataque e responsabilizou diretamente o Exército israelita, considerando que se tratou de um ato imperdoável.
O ataque custou a vida a sete trabalhadores da organização não-governamental, incluindo quatro estrangeiros: um britânico, um polaco, um australiano e um cidadão americano-canadiano.
São os primeiros trabalhadores humanitários estrangeiros mortos na guerra de Gaza desde 07 de outubro do ano passado, que já fez mais de 32.800 vítimas, na sua maioria mulheres e crianças.
A WCK, com sede na capital dos Estados Unidos foi fundada pelo espanhol José Andrés durante a grave crise humanitária que afetou o Haiti depois do violento tremor de terra, em 2010.
O ataque em Gaza que atingiu os funcionários da WCK já foi condenado pelo governo de Espanha e pelo representante da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, entre outros Estados e entidades.
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