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Norte-americano detido em Israel condenado a nove dias de prisão domiciliária

Um tribunal de Jerusalém condenou hoje a nove dias de prisão domiciliária um adolescente palestiniano-norte-americano, que aparece num vídeo a ser agredido pela polícia israelita, foi hoje anunciado.

Norte-americano detido em Israel condenado a nove dias de prisão domiciliária
Notícias ao Minuto

06:03 - 07/07/14 por Lusa

Mundo Adolescência

"O jovem que aparece no vídeo foi condenado a prisão domiciliária por nove dias, em Beit Hanina, o tempo que dura a investigação", por ter atirado pedras aos agentes que o abordaram, afirmou hoje, em declarações à Agência France Presse (AFP), o porta-voz da polícia local, Louba Samri.

Tariq Abu Khder, de 15 anos, primo do jovem palestiniano morto no início desta semana, foi preso na quinta-feira, em Shafat, um bairro de Jerusalém ocupado e anexado.

Em declarações à AFP, o adolescente desmentiu ter lançado pedras contra os polícias israelitas.

"Estava a ver a manifestação, ouvi gritos e vi pessoas a correr e depois a polícia atrás deles. Comecei a correr também, mas caí, eles apanharam-me e começaram a bater-me", contou Tariq, com o rosto ainda inchado.

O adolescente recordou que foi "atacado por dois polícias" e que desmaiou enquanto lhe batiam. "Depois fui ao hospital e, de lá, para a prisão", disse.

Tariq insistiu: "Não lancei pedras. Limitei-me a observar".

No portal da Internet Youtube foi partilhado um vídeo no qual é possível ver-se o que parecem ser polícias israelitas a baterem e pontapearem uma pessoa algemada e semi-inconsciente, que alegadamente será Tariq, antes de a levarem para outro local.

Entretanto, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jen Psaki, afirmou que os Estados Unidos "condenam veementemente qualquer uso excessivo da força", referindo-se ao alegado espancamento do adolescente.

Os Estados Unidos pediram "uma investigação célere, transparente e credível e a responsabilização por qualquer uso excessivo da força".

Há vários dias consecutivos que ocorrem confrontos entre palestinianos e as forças de segurança de Israel.

Os confrontos foram motivados pela morte do primo de Tariq, Mohammed Abu Khder, de 16 anos, que foi queimado vivo, depois de ser sequestrado, segundo os primeiros relatórios da autópsia divulgados hoje pelos meios de comunicação social da Palestina.

Os palestinianos acreditam que Mohammed Abu Khder foi assassinado como vingança pelo rapto e morte, a 12 de junho, no sul da Cisjordânia, de três adolescentes israelitas. Israel acusa o Hamas de ter sequestrado e assassinado os três jovens, mas o grupo islâmico nega as acusações.

A ministra israelita da Justiça anunciou a abertura de um inquérito a este incidente, que qualificou como "grave", e que, de acordo com Tzipi Livni, "não reflete a política de manutenção da ordem no país".

Hoje, na Faixa de Gaza, dois combatentes palestinianos foram mortos e um ferido, no ataque de um drone israelita, segundo serviços de emergência, citados pela agência France Presse.

As vítimas faziam parte de um grupo de homens armados, que se encontravam próximos do campo de refugiados de Bureij, na fronteira da Faixa de Gaza com Israel, de acordo com testemunhas citadas pela agência francesa de notícias.

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