Após polémica, França promete proibir manifestações de extrema-direita
O governo francês prometeu hoje que vai proibir manifestações de extrema-direita depois de ser criticado por permitir que, no sábado, cerca de 500 ativistas da extrema-direita marchassem nas ruas de Paris.
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Mundo França
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, comprometeu-se hoje perante o parlamento a proibir qualquer manifestação futura deste movimento.
"Dei instruções aos autarcas" quando "qualquer ativista de ultradireita ou extrema-direita ou qualquer associação ou grupo, em Paris como em todo o território, apresentar (declarações de) manifestações" que deem "ordens de proibição", declarou perante a Assembleia Nacional.
No sábado cerca de 500 manifestantes marcharam num bairro nobre da capital, vestidos de preto e alguns mascarados, transportando cruzes celtas e entoando o slogan de um grupo de extrema-direita agora dissolvido.
A sede da polícia, que depende do Ministério do Interior, optou por não proibir a manifestação, suscitando críticas da esquerda, que acusou as autoridades de indulgência para com a extrema-direita.
Diante dos deputados, o ministro do Interior disse assumir o risco legal vinculado a proibições futuras: "Vamos deixar que os tribunais julguem se a jurisprudência permitirá a realização dessas manifestações", disse.
Antes das declarações do ministro do Interior francês, a primeira-ministra Elisabeth Borne Primeiro, considerou as imagens da marcha "chocantes", mas garantiu que "não havia razão para proibir a manifestação".
Mas face à polémica, mais tarde, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, comprometeu-se a proibir qualquer manifestação futura do movimento.
O senador socialista de Paris, David Assouline, já tinha lançado o desafio, ao considerar "inadmissível ter deixado 500 neonazistas e fascistas desfilarem no coração de Paris".
A marcha também chocou o líder dos deputados da extrema-direita de Marine Le Pen, que defendeu que tais "provocações não podem ser toleradas".
A polícia de Paris, num comunicado de imprensa, na segunda-feira, defendeu a ausência de interdição, sublinhando que esta manifestação não tinha, em anos anteriores, causado "nenhuma perturbação da ordem pública".
Em janeiro, as autoridades proibiram uma marcha à luz de tochas organizada em Paris por grupos de ultradireita, mas a decisão foi anulada pelos tribunais administrativos.
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