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Manifestações no Bangladesh para exigir demissão da primeira-ministra

Dezenas de milhares de pessoas invadiram hoje as ruas da capital do Bangladesh para manifestar desagrado face ao aumento do custo de vida e para exigir a demissão da primeira-ministra Seikh Hasina e a realização de eleições antecipadas.

Manifestações no Bangladesh para exigir demissão da primeira-ministra
Notícias ao Minuto

12:20 - 11/01/23 por Lusa

Mundo Bangladesh

Os manifestantes responderam, assim, aos apelos do Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP, na sigla inglesa) e outros aliados da oposição que organizaram os protestos em Daca e também noutras nove cidades do país.

"O tempo para se agarrar ao poder pela força acabou. Deixem um Governo neutro organizar eleições", disse Mirza Abbas, um alto dirigente do BNP, durante uma manifestação em frente à sede do partido na capital.

Segundo a polícia, cerca de 50.000 manifestantes vieram a Daca para ouvir Abbas, libertado segunda-feira da prisão, um mês após a grande repressão contra ativistas da oposição.

Vários outros dirigentes do partido adiantaram que milhares de manifestantes participaram também nas manifestações organizadas noutras cidades do país.

O Bangladesh continua a ser uma das economias de crescimento mais rápido da Ásia, mas o conflito na Ucrânia forçou o Governo a suspender as importações de gás e de combustíveis.

Em 2022, após o início da invasão russa da Ucrânia, o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis forçou o Governo de Hasina a impor longos cortes de energia e a aumentar a distribuição de alimentos aos pobres.

A moeda de Bangladesh, o taka, desvalorizou quase 25 por cento, o que elevou o custo da importação de alimentos e tornou a vida ainda mais difícil para os mais vulneráveis.

Terça-feira, também em Daca, a Liga Awami, no poder, organizou uma manifestação de apoio a Hasina, mas com um número significativamente menor de apoiantes, em que foram gritadas palavras de ordem de apoio à primeira-ministra.

"Os extremistas estão a reunir-se num só lugar para nos derrubar. Não pensem que o partido vai desmoronar-se se for abalado. As coisas não são tão fáceis", afirmou Hasina aos manifestantes.

Os governos ocidentais e a ONU expressaram preocupação com o atual clima político no Bangladesh, onde o partido de Hasina domina o parlamento.

Em dezembro de 2021, os Estados Unidos impuseram sanções a um grupo de elite antiterrorismo e anticrime, o Batalhão de Ação Rápida (RAB), e a sete altos funcionários da segurança, incluindo o chefe da polícia nacional, por graves violações dos direitos humanos.

O Governo de Hasina tem negado estar por trás de qualquer desaparecimento forçado de apoiantes e de dirigentes da oposição, sublinhando, em sua defesa, que vários criminosos foram mortos em fogo cruzado com agentes das forças policiais.

Leia Também: Bangladesh liberta dirigentes da oposição por ordem do Supremo Tribunal

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