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Bangladesh liberta dirigentes da oposição por ordem do Supremo Tribunal

Dois altos dirigentes do Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP), na oposição, foram hoje libertados sob fiança por ordem do Supremo Tribunal, um mês depois de terem sido detidos na véspera de uma manifestação antigovernamental.

Bangladesh liberta dirigentes da oposição por ordem do Supremo Tribunal
Notícias ao Minuto

15:15 - 09/01/23 por Lusa

Mundo Bangladesh

Trata-se de Mirza Fakhrul, secretário-geral do partido da antiga primeira-ministra Khaleda Zia, e de Mirza Abbas, membro da comissão permanente do BNP.

Ambos saíram da prisão central de Daca esta tarde, disse o seu advogado, Joynal Abedin, à agência espanhola EFE.

Fakhrul é o mais alto líder da oposição na ausência de Zia, que foi condenada a 10 anos de prisão em 2018, por corrupção, e do seu filho Tarique Rahman, que está no exílio.

Zia, 77 anos, foi a primeira mulher a chefiar o governo no Bangladesh, cargo que desempenhou em duas ocasiões (1991-1996 e 2001-2006), depois de o marido, o antigo presidente Ziaur Rahman, ter sido assassinado em 1981.

Líder do BNP, partido fundado por Rahman, Zia saiu da prisão em março de 2020, depois de ter estado hospitalizada, mas com uma autorização que tem de ser renovada de seis em seis meses, e que a proíbe de sair do país e de participar em ações políticas.

A libertação dos dois dirigentes do BNP ocorreu após uma decisão do Supremo Tribunal, no domingo, que anulou uma petição do Governo contra a ordem de fiança concedida pelo Supremo Tribunal de Daca.

Fakhrul e Abbas foram presos exatamente há um mês, pouco antes de uma manifestação organizada pelo BNP em 10 de dezembro.

Nesse dia, centenas de milhares de pessoas exigiram pacificamente a demissão do Governo da primeira-ministra Sheikh Hasina e protestaram contra o aumento dos preços das mercadorias.

O partido da oposição acusou as autoridades do Bangladesh de prenderem cerca de 1.400 dirigentes antes da manifestação.

As autoridades afirmaram que a detenção Fakhrul e Abbas se deveu a um confronto entre manifestantes do BNP e a polícia no início de dezembro, em que morreu uma das pessoas que participavam no protesto.

Desde o início das manifestações do BNP em agosto do ano passado, 11 dos seus líderes e apoiantes foram mortos pela polícia e por simpatizantes do partido no poder, a Liga Awami.

Estas mortes suscitaram receios de uma onda de violência política durante as eleições gerais marcadas para dezembro deste ano e janeiro de 2024, segundo a EFE.

Hasina, a atual primeira-ministra, lidera a Liga Awami e chefia o Governo desde janeiro de 2009.

Já tinha sido primeira-ministra entre 1996 e 2001, quando foi substituída pela rival Khaleda Zia, com quem tem alternado o poder.

Hasina, 75 anos, é filha do fundador e primeiro presidente da República Popular do Bangladesh, Sheikh Mujibur Rahman, que foi assassinado em 1975.

No total, Hasina está no poder há 19 anos, sendo a mulher há mais tempo a chefiar um executivo no mundo.

Com mais de 165 milhões de habitantes, maioritariamente islâmicos, o país do sul da Ásia tornou-se independente do Paquistão em 1971, depois de ter integrado o império britânico centrado na Índia.

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