Ucrânia? "Haverá paz" se os EUA deixarem de enviar armas e dinheiro
"A Ucrânia só pode continuar a lutar enquanto os Estados Unidos os apoiarem com dinheiro e armas. Se os americanos querem a paz, então haverá paz", considerou o primeiro-ministro húngaro.
© Michael Gruber/Getty Images
Mundo Viktor Orban
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, afirmou que “haverá paz” na Ucrânia se os Estados Unidos deixarem de enviar armamento ao país invadido pela Rússia. “Se os americanos quiserem paz, então haverá paz”, asseverou.
Numa entrevista ao jornal húngaro Magyar Nemzet, Órban admitiu que 2022 “foi o ano mais perigoso desde a queda do comunismo”, em 1989, e que a Hungria correu o risco de ser “arrastada para a guerra”, algo que “sem dúvida” teria acontecido caso não tivesse vencido as eleições legislativas da passada primavera. “Estaríamos entalados até ao pescoço”, asseverou.
O governante reconheceu ainda que as negociações de paz são “necessárias” para colocar fim ao conflito, mas acusou os EUA de interferirem ao enviar armamento e ajuda para a Ucrânia.
“A Ucrânia só pode continuar a lutar enquanto os Estados Unidos os apoiarem com dinheiro e armas. Se os americanos querem a paz, então haverá paz”, atirou.
Sobre a posição da Hungria na guerra, Órban - visto como um dos aliados do presidente russo, Vladimir Putin - afirmou que, para o país, “não é uma questão” de estar do “lado bom ou mau da história”. “A nossa resposta à questão de estarmos do lado bom ou mau da história é que estamos do lado húngaro da história”, explicou.
“Apoiamos e ajudamos a Ucrânia, temos interesse na sobrevivência de uma Ucrânia soberana, e temos interesse em que a Rússia não represente uma ameaça de segurança para a Europa. Contudo, não temos qualquer interesse em renunciar a todas as nossas relações económicas com a Rússia”, acrescentou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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