De acordo com os números fornecidos pelas duas companhias aéreas que servem regularmente a Nova Caledónia, 3.200 pessoas não podem sair nem regressar ao arquipélago, declarou o porta-voz do governo, Gilbert Tyuienon, numa conferência de imprensa na capital, Numeá.
Os voos comerciais estão suspensos desde terça-feira devido aos tumultos registados no território francês do Pacífico Sul.
A Aircalin prevê retomar as ligações aéreas na terça-feira, mas a Air Calédonie não avança com datas "até nova ordem".
"A Aircalin está atualmente a fornecer alojamento a alguns [habitantes de Nova Caledónia] que estão retidos em Singapura ou Tóquio", disse o membro do governo responsável pela função pública, Vaimu'a Muliava.
"Não vamos poder fazer isto para sempre. É por isso que dizemos: mais um dia é um dia a mais", acrescentou.
O governo local detém 99% da Aircalin e 50,3% da Air Calédonie.
A Austrália e a Nova Zelândia também estão a preparar o regresso de nacionais da Nova Caledónia.
Desde segunda-feira, a violência - a pior registada na Nova Caledónia desde o final dos anos 80 - causou a morte de cinco pessoas, incluindo dois polícias, e centenas de feridos, segundo as autoridades.
A crise teve início após ter sido apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris, que determina que residentes franceses que vivem no arquipélago há dez anos sejam autorizados a votar nas eleições locais.
Os líderes políticos locais temem que as forças da Nova Caledónia fiquem enfraquecidas com a nova medida.
Leia Também: Nova Caledónia. França envia mais mil efetivos das forças de segurança