Moçambique repatriou metade das 1.600 famílias que fugiram para o Malawi
As autoridades moçambicanas repatriaram pelo menos 800 famílias de um total de 1.600 que se refugiaram no Malawi desde janeiro devido a desastres naturais na província da Zambézia, no centro de Moçambique.
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Mundo Moçambique
"Conseguimos fechar o processo de repatriamento de todos os moçambicanos que estavam aqui nos centros de acomodação e vamos também informar os nossos colegas do Maláui para que os mesmos sejam encerrados", explicou à comunicação social na província da Zambézia o diretor do Prevenção e Mitigação do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), César Tembe.
As famílias, que estavam em quatro centros de acomodação encerrados no sábado, refugiaram-se no Maláui na sequência do ciclone Ana, que fustigou Moçambique em janeiro.
Segundo César Tembe, na operação foram necessários quatro autocarros e quatro embarcações para levar as pessoas de volta ao distrito de Morrumbala, na Zambézia, além de dois camiões para o transporte de bens.
De acordo com o INGD, foram preparados 'kits' de retorno contendo utensílios de cozinha e alimentos para pelo menos 30 dias, num processo de repatriamento que deverá durar menos de uma semana, avançou o responsável.
O Maláui partilha uma vasta linha de fronteira com as províncias moçambicanas de Tete, Zambézia, centro, e Niassa, norte.
A tempestade Ana fez, pelo menos, 20 mortos em Moçambique, seis dos quais em Tete, e desalojou milhares de pessoas no país e no Maláui.
Na época chuvosa 2021-2022 (outubro a abril), pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais em Moçambique, segundo dados do INGD.
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