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Ministério da justiça russo pede dissolução de agência judaica
O ministério russo da Justiça pediu a dissolução na Rússia da Agência judaica, que se ocupa da emigração em direção a Israel, anunciou hoje um tribunal de Moscovo num contexto de elevada tensão devido à guerra na Ucrânia.
© iStock
Mundo Rússia
"O tribunal recebeu uma queixa administrativa do departamento principal do ministério da Justiça em Moscovo que pede a dissolução (...) da organização sem fins lucrativos "Apoio das ligações com a diáspora judaica, Agência judaica Sokhnout", indicou Ekaterina Buravtsova, porta-voz do tribunal Basmay de Moscovo.
Citado pela agência Interfax, declarou que este pedido foi motivado pelas violações da lei, sem mais precisões. Na sua perspetiva, uma "discussão pedida pelo juiz" sobre este caso deverá ocorrer em 28 de julho.
Na semana passada, o ministério da Justiça russo afirmou à agência noticiosa Ria-Novosti ter promovido entre 30 de maio e 27 de junho "verificações de documentos" junto da organização, sem fornecer mais detalhes sobre o resultado desses procedimentos.
Formada em 1929, esta organização organiza a emigração em direção a Israel de pessoas de origem judaica.
Iniciou o seu trabalho na Rússia em 1989, dois anos antes do fim da URSS, e originou de seguida a chegada a Israel de centenas de milhares de judeus oriundos de toda a ex-União Soviética.
O pedido de dissolução surge quando as relações entre Israel e a Rússia conhecem um momento de tensões desde a ofensiva do Kremlin na Ucrânia, condenada pelo Governo israelita.
O Estado hebreu adotou uma posição prudente ao argumentar as relações privilegiadas com a Ucrânia e a Rússia. Para mais, Israel possui mais de um milhão de cidadãos provenientes da ex-União Soviética.
No final de junho, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou Israel, censurando-o pelo facto de se ter recusado a impor sanções contra a Rússia.
Leia Também: Kremlin diz que dificuldades no fornecimento de gás se devem a sanções
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