"Como todos os dias, na manhã de hoje recebi um relatório com números e factos, que correspondem às nossas previsões e não contém nada de inesperado", disse Reznikov.
O ministro da Defesa ucraniano interveio num programa televisivo por ocasião do Dia da Unidade, decretado na segunda-feira pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
"Os nossos serviços de informação veem tudo. Estamos em contacto permanente com os nossos parceiros, os nossos dados coincidem e o nosso país está preparado para qualquer cenário", assegurou Reznikov.
O ministro ucraniano acrescentou que os oficiais superiores das forças armadas da Ucrânia são militares experientes.
"Quero que todos saibam que os comandantes do nosso exército são generais experientes, que aprenderam a ciência militar não apenas nos livros, mas diretamente na frente, e que sabem quem é o inimigo e como detê-lo", disse o ministro da Defesa ucraniano.
O meio de comunicação norte-americano Politico publicou que a Administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com os seus aliados sobre um possível ataque russo à Ucrânia a partir de hoje.
"Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Nós convertemo-lo num Dia da Unidade. O decreto correspondente já foi assinado", disse Zelensky numa mensagem de vídeo na segunda-feira.
A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.
Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança por parte dos Estados Unidos e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e estacionasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.
Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da NATO e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.
A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.
Contudo, hoje a Rússia anunciou o fim das manobras militares e a partida de algumas das suas forças da península da Crimeia anexada da Ucrânia, onde a presença de tropas alimentou os receios de uma invasão.
"As unidades do distrito militar do sul que completaram os seus exercícios táticos nas bases da península da Crimeia estão a regressar por via ferroviária às suas bases de origem", disse o Ministério da Defesa russo, citado pelas agências russas.
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