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ONU renova mandato da missão europeia de segurança na Bósnia

O Conselho de Segurança das Nações Unidas renovou esta quarta-feira por um ano o mandato da missão militar europeia de segurança na Bósnia-Herzegovina, apesar da oposição russa ao cargo de alto representante e europeu para este país.

ONU renova mandato da missão europeia de segurança na Bósnia
Notícias ao Minuto

07:56 - 04/11/21 por Lusa

Mundo Bósnia

Os debates no Conselho de Segurança e a votação da resolução 2.604 aconteceram quando o líder dos sérvios na Bósnia -- país dividido desde a guerra dos anos 1990 em linhas de fraturas étnicas -- amplia as ameaças separatistas e é acusado de por a paz em perigo.

Tal como em 2019 e 2020, a Rússia, apoiante dos sérvios na Bósnia, criticou fortemente o cargo de alto representante para a Bósnia-Herzegovina e representante especial para a União Europeia, com Moscovo a recusar reconhecer o alemão Christian Schmidt que sucede ao austríaco Valentin Inzko, após 12 anos no cargo.

A Rússia contesta o próprio princípio deste cargo, tendo em 2019 exigido o encerramento do gabinete do alto representante, acusado de fazer 'lobby' pela integração euro-atlântica de Serajevo.

"O cargo continua vago. Não há hoje alto representante ou candidato a alto representante", referiu o embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia.

Na verdade, Schmidt não foi convidado para apresentar o seu relatório ao Conselho de Segurança, o que foi visto como uma possível contrapartida ao voto russo pela renovação da missão militar europeia na Bósnia-Herzegovina (Eufor Althea), segundo observadores citados pela AFP.

França, através do seu representante nas Nações Unidas, Nicolas de Rivière, sublinhou, por seu lado, "o papel essencial no apoio à Bósnia-Herzegovina" do alto representante. O diplomata condenou ainda "todas as formas de questionamento da integridade territorial e da existência da Bósnia-Herzegovina como Estado".

Por sua vez, a embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, lamentou a ausência de Christian Schmidt e considerou "primordial a soberania e integridade territorial da Bósnia-Herzegovina".

A Força da União Europeia na Bósnia (Eufor Althea) tem cerca de 600 soldados, tendo substituído, em 2004, a missão e manutenção de paz da Nato.

Leia Também: Seis mortos em incêndio numa cidade do norte da Bósnia

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