Há dois rapazes que, no passado dia 23 de junho, não foram com o treinador e com os seus colegas explorar as cavernas de Tham Luang Nang Non como seria suposto. Uma reviravolta nos planos que os impediu, sem saberem, de partilhar da provação que ainda atravessam os colegas e o treinador, há 12 dias presos a cerca de um quilometro de profundidade, numa elevação de uma gruta cheia de água.

Songpol Kanthawong e Thaweechai Nameng, ambos com 13 anos de idade, ficaram para trás naquele sábado. O primeiro porque não levou a bicicleta para os treinos de futebol e, portanto, não poderia ir explorar. O segundo porque os seus pais lhe pediram para ir para casa mais cedo, para fazer os trabalhos de casa, conforme explica o Guardian.

Um dos rapazes, Songpol Kanthawong, recebeu uma chamada do seu tio, que também é um dos treinadores da equipa, os ‘Javalis Selvagens’, em que lhe perguntava por Ekk, o treinador que foi com os jovens para a caverna. Eram 21h (hora local) e às 23h30 o alarme já soava.

No dia seguinte, Kanthawong foi com os pais até à entrada da caverna, onde se já se juntavam as equipas de resgate. Os três, diz a publicação britânica, estiveram à entrada durante horas a rezar.

Left behind: the two Thai boys who missed out on disastrous cave trip https://t.co/D5hzMvCEf0 #ThamLuang #13ชีวิตรอดแล้ว #ถ้ำหลวง #Thailand pic.twitter.com/Pt32VREY86

— Richard Barrow in Thailand (@RichardBarrow) 5 de julho de 2018

“Quando se está na caverna, não se ouve chover. Quando começou a chover e a água começou a entrar, eles já deviam estar muito longe da entrada”, indicou Thaweechai Nameng, ao Guardian, explicando que já lá foi algumas vezes com um grupo de escuteiros.

Recorde-se que os 12 rapazes, com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, assim como o treinador, de 25, ainda estão dentro da caverna, estando todos os esforços centrados na melhor forma de os resgatar em segurança.

Esta quinta-feira foi noticiado que dois dos rapazes e o treinador estão a sofrer de exaustão e má nutrição, uma condição que se terá agravado e que pode frustrar as intenção de um resgate ainda esta semana, antes de se registar um aumento da precipitação (esperada para domingo).

As variáveis a ter em conta para o salvamento das crianças e do treinador são muitas e as condições não têm ajudado – entre chuvas e erros das equipas de voluntários -, o que poderá alongar as operações de resgate por várias semanas ou meses.