Medicamentos comummente prescritos para condições como pressão alta, doença renal, coronária e insuficiência cardíaca reduzem o risco de desenvolver cancro do cólon, segundo um novo estudo. 

Especialistas da Universidade de Hong Kong analisaram a forma como determinados fármacos, nomeadamente os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ACE-I) e o receptor da angiotensina II (BRA) impactam nos doentes. 

As marcas mais comuns que comercializam os compostos incluem: Candesartan, Valsartan e Losartan (todas elas vendidas em Portugal). 

Esses fármacos inibem ou bloqueiam a angiotensina - o químico responsável por estreitar as artérias. Sendo que a medicação ajuda a expandir os vasos sanguíneos, e como tal a baixar a pressão arterial. 

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O autor do estudo, Wai K. Leung examinou os dados clínicos de 187,897 pacientes em Hong Kong entre 2005 e 2015. Indivíduos que haviam testado negativo para o cancro do cólon após a realização de uma colonoscopia 

Leung apurou que quem tomava a medicação apresentava uma probabilidade 22% menor de desenvolver cancro colorretal nos três anos seguintes. 

Os benefícios das drogas farmacológicas foram detetados em pacientes com mais de 55 anos e que tinham um historial clínico de pólipos, que consistem num pequeno grupo de células que se formam no revestimento do cólon. 

No artigo que escreveu no American Heart Association Journal, Leung disse: "os ACE-I e BRA são tomados por pessoas que sofrem de pressão alta, insuficiência cardíaca e até doença renal. Contudo, a redução do risco de incidência de cancro colorretal pode constituir um fator adicional para que os médicos considerem esses fármacos em específico para o tratamento da hipertensão". 

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