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"Ainda se pedem coisas aos artistas de borla quando não se devia pedir"

Tem uma boa relação com os artistas, também porque o trabalho assim o exige, mas não fica indiferente ao trabalho deles e às "injustiças" a que muitas vezes estão sujeitos. Diana Taveira luta por aqueles que mais precisam e foi por essa razão que conseguiu ser a primeira mulher presidente do Órgão Máximo da Associação Académica de Coimbra.

"Ainda se pedem coisas aos artistas de borla quando não se devia pedir"
Notícias ao Minuto

12:30 - 14/08/17 por Marina Gonçalves

Fama Diana Taveira

Apesar de ser facilmente reconhecida pelo público mais jovem, a sua cara também não é estranha aos mais velhos por ter participado no vídeoclipe de Nelson Freitas, ‘Miúda Linda’.  

Diana Taveira adora política e decidiu prolongar a sua licenciatura em Coimbra só para conseguir chegar ao cargo de Presidente do Órgão Máximo da Associação Académica de Coimbra, tendo sido a primeira mulher a assumir essa posição em 123 anos.  

Luta sempre por aquilo que ambiciona e não se deixa desmotivar logo à primeira barreira, como fez questão de frisar durante a conversa com o Fama ao Minuto.  

Qual acredita ser a sua arma para conquistar o público?  

Tenho uma lata inacreditável, mas isto também tem a ver com sermos a malta do Norte. Meto-me muito com as pessoas, brinco com elas...  

Como é que é a sua relação com o público? 

Sou muito identificada por um público específico, que é até aos 18 anos. É precisamente o público da MTV, David Carreira, Bárbara Bandeira, que é com quem trabalho. Nós acabamos por ter os artistas um bocadinho divididos entre os VJs. Aqueles com quem temos melhor relação acabamos por desenvolver mais conteúdos com eles. A ideia é mesmo transmitir uma imagem para a câmara de que somos amigos, muitas vezes somos. A malta mais velha identifica-me mais por outras coisas, por exemplo, o videoclipe que eu fiz com o Nelson Freitas ['Miúda Linda'].  

Tenho uma lata inacreditável. Meto-me muito com as pessoas, brinco com elasUma vez que falou no vídeoclipe de Nelson Freitas, como é que surgiu esse convite? 

Eu e o Nelson somos amigos. O agente dele ligou-me a dizer que o Nelson queria gravar um videoclipe comigo no dia seguinte. Há muita gente que me pergunta como é que se pode entrar em videoclipes e não há uma ciência exata. O que acaba por surgir é os músicos convidarem amigas para entrar. 

Gostou dessa experiência? Seria para repetir? 

Gostei muito. Eu acho que um videoclipe é um momento muito marcante. Aquele ainda foi mais porque a música andou nas bocas do mundo inteiro e ainda anda. Não pretendo entrar noutro videoclipe, a não ser que seja um projeto. Gosto muito, por exemplo, do que o David acabou por fazer com a Carolina. Uma continuação de uma história ao longo de vários videoclipes. Gostaria de fazer um desse estilo, mas acredito que em Portugal seja muito complicado artistas terem disponibilidade financeira para fazer projetos desse estilo.  

Felizmente a música está a ficar na moda em Portugal, e nós sentimos muito isso na MTVSente que existe falta de apoio para os artistas portugueses? 

Felizmente a música está a ficar na moda em Portugal, e nós sentimos muito isso na MTV, porque estão sempre a surgir cada vez mais artistas portugueses novos. Para nós trabalharmos com esse mercado é fantástico. Acho que muitas vezes ainda se pedem algumas coisas aos artistas de borla quando não se devia pedir. Ainda o Luís Franco Bastos falou disso nos Globos de Ouro. Há muito essa mania em Portugal de fazer isso com os artistas. Se as pessoas acompanharem o trabalho de um músico, as horas que ele passa em estúdio, o tempo que ele demora a criar uma música, o trabalho que isso dá, a quantidade de produtores envolvidos e toda a equipa, aí iriam ter noção da injustiça que é estarem a convidar os músicos para atuarem em troca de visibilidade, ou tentarem baixar cachets. Acho que o mercado está a mudar, o que é ótimo. As próprias marcas começaram a querer fazer mais ações junto de artistas portugueses, o que acaba por divulgar a músicas deles. Já não há o preconceito na rádio de passar a música portuguesa, o que é muito bom.  

Coimbra deu-me estofo porque é muito complicado uma mulher chegar lá. Em 123 anos fui a primeira por alguma razão...Uma vez que foi a primeira mulher presidente do órgão máximo da Assembleia Geral da Associação Académica de Coimbra, sente que esse cargo ajudou de certa forma a conseguir ganhar estatuto para chegar até aqui? 

Esse cargo para mim, acima de tudo, foi uma ambição pessoal que eu tinha. Quando entrei em Coimbra, passados seis meses tinha na minha cabeça que queria ser vice-presidente porque comecei a conhecer o ambiente político dentro da associação. Sempre gostei de política, tirei uma licenciatura nessa área. Fui para lá precisamente para isso, mas nunca pensei que me fosse apaixonar tanto pela política associativa. Esse meio tornou-me numa pessoa diferente, muito mais humana, consciente da realidade da vida que nem toda a gente vive da mesma forma. Há realidades muito complicadas no nosso país, que é um país desenvolvido. Coimbra deu-me estofo porque é muito complicado uma mulher chegar lá. Em 123 anos fui a primeira por alguma razão... A licenciatura era só de três anos mas acabei por lá estar cinco anos porque queria chegar à presidência, porque achava que podia contribuir de uma forma positiva para a estrutura, não por uma questão de brio. Acho que descobri a pessoa que sou em Coimbra.  

Quais os seus cuidados para manter um estilo de vida saudável? 

Tento sempre treinar três vezes por semana, no mínimo. Tenho um problema nos ossos que me condiciona a nível de exercício físico, não posso correr, nem saltar, não posso fazer exercícios de impacto. Mas há soluções para isso. Há exercícios que não fazem mal nenhum. Tento também arranjar pelo menos uma vez por mês a tirar dois dias de um fim de semana que tenha livre para fazer algo mais estilo de vida saudável. Por exemplo, no fim de semana aproveitei para fazer 14 km de bicicleta pelo Guincho. Há sempre opções que nós podemos fazer. Em vez de sairmos à noite todos os fins de semana, tirem um por mês para fazer uma coisinha mais saudável. A comida é das coisas mais importantes. Tenho muito cuidado com a alimentação e faço uma alimentação muito simples. Adoro fruta, tento comer produtos biológicos, embora tenha noção de que é três vezes mais caro do que ter uma alimentação normal, infelizmente.  

Quanto mais velha fico acredito mais nas energias que as pessoas passam umas às outrasQuais os segredos que definem uma mulher cheia de garra e com os objetivos muito bem definidos? 

Acima de tudo a estrutura familiar, ter uns pais que nos apoiam muito e que acreditam em nós. Estar rodeados por pessoas com muito boa energia. Quanto mais velha fico acredito mais nas energias que as pessoas passam umas às outras. Se estivermos ao pé de pessoas que são naturalmente mais dramáticas e deprimidas, isso acaba por passar para nós. Todos nós temos obstáculos na vida, mas temos de olhar para eles sempre de uma forma positiva.

*Pode ler a primeira parte desta entrevista aqui.

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