Deutsche Bank adverte para necessidade de adotar "decisões duras"
O novo presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing, advertiu hoje que terá de adotar "decisões duras" para que a entidade volte ao caminho da rentabilidade.
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Numa carta enviada aos quase 100.000 trabalhadores do banco, Christian Sewing - que substituiu no domingo John Cryan à frente do Deutsche Bank - assegurou que não se podem repetir "em quaisquer situações que sejam" os prejuízos do quarto trimestre de 2017 e instou a recuperar a "mentalidade de caçador" em relação ao rendimento da entidade.
O novo responsável afirmou que os custos líquidos do banco não devem superar este ano 23.000 milhões de euros e sublinhou que os processos internos serão controlados para impedir a burocracia e a duplicação dos trabalhos.
"Temos que aumentar a rentabilidade em todos os setores de negócio e pôr os objetivos mais altos", afirmou.
No domingo, o conselho de supervisão do Deustche Bank anunciou a substituição imediata do presidente John Cryan por Christian Sewing, até agora vice-presidente, bem como a designação de Garth Ritchie e Karl von Rohr para novos vice-presidentes da instituição.
Sewing, que desempenhou quase toda a sua carreira no maior banco alemão, pertencia desde 2015 à direção da entidade.
Hoje, primeiro dia de cotação depois da substituição da direção, as ações do Deutsche Bank subiram fortemente na bolsa de Frankfurt e às 09:10 TMG estavam a valorizar-se 4,26% para 11,84 euros.
O maior banco alemão registou prejuízos de 2.186 milhões de euros no quarto trimestre de 2017, mais 15,6% do que no mesmo período de 2016.
No conjunto de 2017 a entidade registou prejuízos líquidos de 497 milhões de euros que, ainda que tenham baixado 63,3% face aos registados em 2016, representaram o terceiro ano consecutivo de resultados negativos.
Na semana passada foi conhecido que o banco espanhol ABanca acordou comprar o negócio de retalho do alemão Deutsche Bank em Portugal, sem ser conhecido o montante da compra, e que a operação deverá estar concluída no primeiro semestre de 2019, após aprovações dos reguladores.
Ainda assim, o Deutsche Bank vai manter uma presença em Portugal, através da sucursal Deutsche Bank Portugal, que desenvolverá atividade ao nível da banca corporativa e de investimento, segundo a informação dada na altura.
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