Presidente da Gulbenkian diz que sanções a Portugal seriam "absurdas"
O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, disse hoje, em Lisboa, que as eventuais sanções da Comissão Europeia contra Portugal "são inimagináveis" e "absurdas".
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Economia Artur Santos Silva
"Como é que estão agora a levantar questões porque há 0,2 por cento acima ou 0,2 por cento abaixo? Não é medindo por aí que a União Europeia resolve os seus problemas. Há este teatro todo, mas eu acho inimaginável que a comissão venha a ocupar sanções a Portugal por estas razões", afirmou o presidente da Gulbenkian.
Para Artur Santos Silva, que é também presidente do Conselho de Administração do banco BPI, "é absurdo" que a Comissão Europeia aplique sanções a Portugal porque o país fez, "como é comumente aceite em todas as linhas partidárias", um grande esforço, que inclusivamente terá sido excessivo em relação àquilo que se poderia esperar.
"Eu acho que, a existir alguma coisa, será meramente simbólico, mas acho que os simbolismos são muito negativos porque mostram a fixação num quadrado de princípios que não resolvem os problemas da Europa", disse ainda o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.
A Comissão Europeia vai anunciar hoje, em Bruxelas, as decisões sobre os Procedimentos por Défice Excessivo (PDE) a Portugal e a Espanha, adotadas por procedimento escrito, revelou o porta-voz do executivo comunitário.
Artur Santos Silva falava à margem do encontro anual do Global Impact Investment Plenary, sobre as várias iniciativas governamentais na área das inovações sociais.
Na conferência, que se prolonga amanhã na Fundação Calouste Gulbenkian, participam representantes dos países do G8 e do grupo alargado de que fazem parte Portugal, Índia, México, Brasil e Índia.
Presente na abertura da conferência esteve a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, que assinou um acordo de cooperação entre o Governo e a Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da economia social.
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