China viveu o pior trimestre de crescimento em sete anos
O crescimento da economia chinesa abrandou para 6,7% no primeiro trimestre de 2016, os piores dados de crescimento trimestral dos últimos sete anos, anunciou hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) da China.
© Lusa
Economia GNE
Aquele valor representa um abrandamento de 0,1 pontos percentuais em relação aos três meses anteriores e de 0,2 pontos percentuais face ao exercício conjunto de 2015.
Ainda assim, março trouxe sinais positivos para a economia chinesa, numa altura em que Pequim lança várias políticas visando manter o crescimento económico.
A atividade manufatureira expandiu pela primeira vez em nove meses, enquanto as vendas ao exterior da China aumentaram 18,7%, em termos homólogos, segundo dados oficiais.
O "gigante" asiático é a segunda maior economia do mundo, a seguir aos Estados Unidos da América, e o principal motor de recuperação da economia global após a crise financeira de 2008.
No primeiro trimestre, a economia registou um "desenvolvimento equilibrado", afirmou o GNE em comunicado, acrescentando que as figuras revelam "sinais positivos nos principais indicadores".
"Devemos estar cientes de que atravessamos um momento crítico na transformação e melhoria [da estrutura industrial], assim como na substituição de velhos motores de crescimento por novos", acrescentou.
Pequim está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do setor dos serviços e o encerramento de unidades de indústria pesada vistas como "improdutivas".
As vendas a retalho avançaram 10,5% em março, face ao mesmo mês do ano passado, segundo os dados do GNE, enquanto o investimento em ativos fixos aumentou 10,7% no primeiro trimestre, em termos homólogos.
O preço de novos fogos de habitação voltou também a subir nos últimos meses depois do banco central chinês aprovar diversas medidas (sobretudo a redução do pagamento inicial), visando facilitar a concessão de hipotecas para a compra da primeira ou segunda casa.
Apesar dos sinais positivos, o GNE alertou que "as dificuldades do ajustamento estrutural persistem e a pressão descendente na economia não pode ser ignorada".
A economia chinesa cresceu 6,9% em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos.
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