Consumidores já pouparam 168 milhões com combustíveis simples
A introdução de combustíveis simples (não aditivados) em todos os postos de abastecimento já permitiu aos consumidores pouparem 168 milhões de euros desde abril, de acordo com a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC).
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Economia ENMC
Segundo Filipe Meirinho, diretor da ENMC para a área petrolífera, houve um ganho de 168 milhões de euros em cerca de sete meses desde a entrada em vigor da lei que obriga à comercialização de combustíveis simples em todos os postos de abastecimento, acima das previsões do Governo que antecipava uma poupança anual de cerca de 200 milhões de euros.
O presidente da APETRO, associação que representa as petrolíferas, desvalorizou os cálculos das poupanças, considerando em primeiro lugar que a comparação não pode ser feita, porque a oferta mudou, tendo sido "limitada".
"Não posso comentar essas contas, porque não sei como é que foram feitas", disse António Comprido em declarações aos jornalistas à margem da conferência, criticando ainda que se reduza o debate dos combustíveis "à questão dos preços".
O responsável do organismo que tem a responsabilidade de aplicar e fiscalizar a legislação avançou que hoje a diferença de preço por litro de combustível simples e aditivado é em média de três cêntimos, tendo também havido uma descida do preço dos combustíveis aditivados.
A ENMC promove a conferência "Mercado de Combustíveis em Portugal", a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian.
Conforme a Lusa já tinha adiantado, a diferença de preço entre o combustível mais básico e o aditivado (?premium') baixou em média de sete para três cêntimos.
O presidente da ENMC, Paulo Carmona, realçou então que "o consumidor tem saído bastante beneficiado com esta agressividade comercial e o aumento de oferta".
O combustível simples, que desde 17 de abril é obrigatoriamente vendido em todos os postos de abastecimento, é aquele que sai diretamente da refinaria para o consumidor, sem qualquer aditivação.
O Governo apresentou como primeiro objetivo do diploma, aprovado por unanimidade no parlamento no final de 2014, alcançar uma poupança para os consumidores, que, nos níveis de consumo atuais e segundo as contas do executivo, se traduziria em 200 milhões de euros por ano.
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