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Relações entre a UE e a China cresceram de "forma muito rápida"

O chefe da representação da Comissão Europeia para Hong Kong e Macau considerou hoje que as relações entre a China e a UE deram um salto extraordinário no comércio, e evoluíram no diálogo em áreas como o clima e ambiente.

Relações entre a UE e a China cresceram de "forma muito rápida"
Notícias ao Minuto

15:05 - 06/05/15 por Lusa

Economia Diplomata

"É um momento muito importante para nós. As relações expandiram-se de uma forma muito rápida", afirmou Vincent Piket à agência Lusa, no dia em que se assinala o 40.º aniversário das relações diplomáticas entre a União Europeia (UE) e a China.

Vincent Piket destacou, em primeiro lugar, que "o volume de comércio cresceu exponencialmente, com as trocas bilaterais a atingirem mais de mil milhões de euros por dia".

"Isto é extraordinário", considerou.

O diplomata holandês sublinhou, em segundo lugar, que a relação entre o bloco europeu e a segunda maior economia mundial evoluiu "de uma relação predominantemente económica e comercial para uma parceria estratégica".

"Esta transformação foi iniciada na última década -- a Parceria Estratégica UE-China foi lançada em 2003 -- e vai continuar a produzir importantes resultados para ambas as partes", salientou.

"O tipo de diálogo que temos desenvolvido é extraordinário. Ele abrange todas as áreas do espetro político, desde a economia, ao ambiente, transportes, alfândegas, informação, até ao clima, comércio de emissões, e investigação e inovação", afirmou.

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, foi, segundo Vincent Piket, um dos marcos registados nestas quatro décadas de relações diplomáticas, porque "ajudou os fluxos de comércio e investimento a crescerem muito rapidamente".

Já o próximo "grande passo" vai ser a conclusão do processo de negociação de um acordo de investimento com a China, uma vez que "vai cobrir não só a proteção mútua dos investimentos, mas também criar um melhor acesso de mercado para os investidores europeus dentro da China", estimou.

"O mercado interno da UE é aberto ao comércio e investimento -- esse trabalho de liberalização está feito - e do lado chinês ainda há várias áreas em que os investimentos não são possíveis e ainda estão a afetar os projetos individuais. A negociação incide em particular sobre a liberalização do acesso ao mercado chinês para os nossos investimentos nos próximos anos. Isto é muito importante", acrescentou.

Sobre os próximos desenvolvimentos, Piket destacou a importância da cimeira bilateral entre a UE e a China, em junho, em que vão estar em discussão temas como o acordo sobre o investimento, segurança regional e global e o ambiente e clima.

A ação contra as alterações climáticas é, aliás, uma área em que o diplomata considera ter havido desenvolvimentos importantes, e sobre a qual há grandes expetativas quanto às negociações internacionais que vão culminar na cimeira, agendada para dezembro próximo, em Paris.

"A posição da China, enquanto grande economia emergente no mundo, vai ser muito importante. As recentes declarações feitas pelas autoridades chinesas são bastante encorajadoras e esperamos que o governo chinês estabeleça um objetivo muito ambicioso para a redução das emissões de gases de efeito estufa", afirmou.

Sobre os direitos humanos, o chefe da representação da Comissão Europeia para Hong Kong e Macau considera que "tem havido um intercâmbio regular" entre a UE e a China, mas que é preciso aprofundar o trabalho nessa área.

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