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"BdP devia ter afastado Salgado mal soube de problemas"

O antigo presidente do BPP, João Rendeiro, que viu o banco intervencionado pelo Estado em 2008, acusou hoje o supervisor de "falta de bom senso" por deixar Salgado na liderança do BES depois de conhecer os problemas no GES.

"BdP devia ter afastado Salgado mal soube de problemas"
Notícias ao Minuto

22:00 - 12/12/14 por Lusa

Economia Rendeiro

"O Banco de Portugal devia ter afastado o presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES) logo no verão de 2013, mal se conheceu que havia problemas graves no Grupo Espírito Santo (GES)", afirmou aos jornalistas o ex-banqueiro, à margem da apresentação do seu novo livro "Arma Crítica", em Lisboa.

E reforçou: "Não foi ele [Carlos Costa] que criou a situação, mas um regulador tem que atuar de forma a resolver os problemas. Foi de uma grande falta de bom senso colocar [Ricardo Salgado] a proteger o BES do risco do GES".

Na origem do colapso do império Espírito Santo ainda está, segundo Rendeiro, "como pano de fundo, a crise financeira de 2008", apesar de a resposta só surgir em 2013/2014, conforme sublinhou.

João Rendeiro considerou que o BES devia ter solicitado apoio estatal para se recapitalizar, a exemplo do que fizeram os seus pares BCP, Banco BPI e Banif.

Como não o fez, acabou por cair, originando "um dano muito grave para Portugal, afetando e muito a reputação do país e do sistema financeiro", comentou.

No seu livro hoje lançado, ao longo de mais de 500 páginas, Rendeiro não poupa críticas aos principais agentes políticos e aos supervisores pela situação a que Portugal chegou.

Os principais alvos são o antigo primeiro-ministro José Sócrates, o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas Rendeiro também aponta o dedo ao primeiro-ministro, Passos Coelho, e a José Maria Ricciardi, um dos membros da família Espírito Santo.

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