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Banco do BCP em Moçambique com nova administração

O Banco de Moçambique aprovou hoje a proposta dos acionistas do Millennium BIM, o segundo maior do país, liderado pelo português BCP, de nomeação de novos órgãos sociais, passando o conselho de administração a ser presidido por Moisés Jorge.

Banco do BCP em Moçambique com nova administração
Notícias ao Minuto

21:02 - 09/05/24 por Lusa

Economia Millennium bim

Em comunicado, o Millennium Banco Internacional de Moçambique (BIM) anuncia a decisão e recorda que Moisés Jorge é um quadro superior da instituição, tendo integrado, em 1994, a equipa que lançaria o banco no ano seguinte, sendo que esta nomeação "reflete o compromisso" com uma "cultura de mérito e valorização dos seus quadros".

O Millennium BIM anuncia ainda a "renúncia" de João Cunha Martins ao cargo de presidente da comissão executiva "por motivos pessoais".

"O seu compromisso com a excelência e a sua capacidade de liderança foram inestimáveis para o banco num momento crucial de desenvolvimento e crescimento da Economia Moçambicana", lê-se no mesmo comunicado, o qual acrescenta que o BIM "já iniciou o processo de seleção" de um novo presidente da comissão executiva e que "está comprometido em garantir uma transição tranquila e eficiente".

Durante o "período de transição", o atual administrador financeiro (CFO), Rui Maximino, "assumirá interinamente as responsabilidades de presidente da comissão executiva".

À data de 31 de dezembro de 2023, o banco contava com um capital social de 4.500 milhões de meticais (65,7 milhões de euros), a maioria detido pelo BCP África (grupo Millennium BCP), com 66,69%, seguido do Estado de Moçambique (17,12%), do Instituto Nacional de Segurança Social moçambicano (4,95%) e da Empresa Moçambicana de Seguros (4,15%), entre outros.

Estas mudanças surgem sete dias depois de o banco central ter indicado um quadro próprio para inspetor residente no BIM, para monitorar o sistema de pagamentos e o modelo de negócio.

Em comunicado, o banco central referiu anteriormente que o inspetor residente Hélder Manuel Chachuaio Muianga iniciou funções em 02 de maio, inserindo-se esta decisão no campo da "supervisão", mas garantindo que o banco "continua sólido e estável".

"O inspetor residente irá, dentre outras tarefas, monitorar o sistema de pagamentos, o modelo de negócio e a estratégia do banco, acompanhar e analisar os desenvolvimentos no sistema de gestão e de controlo interno do banco, e participar em reuniões relevantes dos órgãos colegiais", lê-se no comunicado.

O Millennium BIM publicou este mês um pedido de desculpas aos clientes "pelas várias anomalias" na utilização dos cartões, ATM e POS "nos últimos dias".

Estes problemas, aparentemente, envolvem a nova rede interbancária em Moçambique e têm afetado vários outros bancos, motivando queixas generalizadas de clientes e empresários, por dificuldades nos pagamentos.

"As nossas equipas têm estado a trabalhar intensamente por forma a resolver estes problemas. Neste momento a situação está normalizada e os serviços restabelecidos. Continuaremos a monitorar a situação, por forma a assegurar a disponibilidade dos mesmos", lê-se na mesma mensagem do Millennium BIM.

Os lucros do BIM aumentaram 8,2% em 2023, face ao ano anterior, para 7.211 milhões de meticais (105,3 milhões de euros), segundo o relatório e contas divulgado anteriormente pela Lusa.

O Millennium BIM tinha apresentado lucros de 6.613 milhões de meticais (96,6 milhões de euros) no exercício de 2022 e fechou o ano passado com 2.574 trabalhadores (+2,8%), mais de 1,9 milhões de clientes (quase mais de 100 mil num ano) e 195 balcões.

"Pese embora o cenário desafiador, o Millennium BIM mantém-se sólido e resiliente, sustentado por boa governação, gestão sã e prudente do risco e rigor no cumprimento dos normativos regulamentares", lê-se na mensagem do conselho de administração no relatório e contas de 2023.

O banco aprovou uma proposta da administração para distribuir 82,5% dos lucros de 2023 em dividendos aos acionistas, liderados pelo BCP, equivalente a quase 5.949 milhões de meticais (86,9 milhões de euros), aplicando o restante em reservas.

Leia Também: Presidente do BCP diz que há condições para "estrutura acionista forte"

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