Mecanismo Europeu de Estabilidade defende maior integração orçamental
O diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, defendeu hoje uma maior integração orçamental, propondo ainda um instrumento "de estabilização orçamental" para apoiar países em dificuldades.
© REUTERS/Johanna Geron
Economia Klaus Regling
Falando na conferência "Que visão para uma Economia Europeia Resiliente e Sustentável", organizada pelo Jornal de Negócios, com o apoio da Católica Lisbon School of Business and Economics, o responsável citou o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que falou num "federalismo pragmático".
"Acredito que um orçamento comum para financiar bens públicos europeus específicos, por exemplo, para a defesa, migrações, alterações climáticas, beneficiaria a nossa união. Isto implica mudar o tratado da UE e isso leva tempo, não é para este ano ou no próximo", ressalvou, indicando que seria "importante começar a debater uma mudança de tratado".
Klaus Regling indicou que "a crise fez com que estas reformas tenham uma necessidade mais evidente", dando conta da importância de aumentar "a partilha de riscos" através da integração bancária e do mercado de capitais.
O diretor executivo do MEE recordou que dos três pilares da união bancária, só dois estão em funcionamento, apontando a falta de um sistema comum que garanta os depósitos a um nível europeu.
Klaus Regling defendeu ainda um "instrumento de estabilização orçamental" na Europa, para "responder aos choques" dos países individualmente, destacando que, "considerando os apoios dos últimos anos", alguns países poderão enfrentar dificuldades em usar os seus orçamentos nacionais, por exemplo, para combater as subidas da energia.
O responsável disse que o MEE poderá estar envolvido neste mecanismo, o que implicaria que não fosse usado mais dinheiro dos contribuintes.
"Não sabemos quanto tempo a guerra na Ucrânia vai durar e as consequências são difíceis de prever", rematou.
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