China pede à Alemanha uma relação bilateral "construtiva e saudável"
O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu hoje ao chanceler alemão, Olaf Scholz, para acrescentar "mais estabilidade e certeza" num momento de "turbulência" geopolítica, bem como para desenvolver uma relação bilateral "construtiva e saudável".
© Reuters
Mundo Diplomacia
"Tanto a China como a Alemanha são duas potências com influência significativa. Dado o momento turbulento, devemos desenvolver um relacionamento bilateral construtivo e saudável, que beneficiará ambos os países e também contribuirá para a paz em todo o mundo", disse Xi, durante uma conversa telefónica com Scholz, de acordo com um comunicado do Governo chinês.
"O desejo da China de fortalecer as relações com a Alemanha permanece intacto. Devemos fazer bom uso dos mecanismos de diálogo e cooperação em questões como mudança climática, cadeias de produção, políticas macroeconómicas, estabilidade financeira e segurança energética e alimentar", acrescentou o Presidente chinês.
Xi também pediu uma "real defesa do multilateralismo" e disse que "a Alemanha é bem-vinda para participar no desenvolvimento de iniciativas globais de segurança".
O líder chinês referiu ainda que as relações entre a China e a União Europeia "não devem depender ou ser controladas por um terceiro país", numa referência velada aos Estados Unidos, defendendo um consenso estratégico de "longo prazo".
De acordo com o comunicado do Governo chinês, Scholz disse que a Alemanha deseja "manter uma relação estreita com Pequim a todos os níveis" e "estabelecer mecanismos de diálogo numa vasta gama de temas", entre os quais, a luta contra a pandemia de covid-19 e os cuidados de saúde.
Sobre a guerra na Ucrânia, Xi sublinhou que a China sempre esteve "do lado da paz" e na promoção do diálogo entre as partes.
"Devemos fazer todo o possível para evitar que o conflito aumente ou se expanda, o que levaria a uma situação inimaginável", argumentou Xi.
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua, pedindo que a soberania territorial e as "legítimas preocupações de segurança" de todos os países sejam respeitadas, ao mesmo tempo que se opõe às sanções contra a Rússia.
Leia Também: Xi Jinping diz que a guerra pode levar a uma "situação incontrolável"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com