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Cabo Verde faz novo inquérito para estimar pobreza e consumo das famílias

Cabo Verde inicia em outubro, e durante um ano, a recolha de dados para o quarto Inquérito às Despesas e Receitas Familiares (IV IDRF) para estimar a pobreza, condições de vida e consumo da população, foi hoje lançado.

Cabo Verde faz novo inquérito para estimar pobreza e consumo das famílias
Notícias ao Minuto

14:33 - 12/04/22 por Lusa

Economia Consumo

O inquérito vai ser realizado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) e segundo o vice-presidente da instituição, Fernando Rocha, é uma das principais operações estatísticas do arquipélago, que tem como principal objetivo determinar a taxa de pobreza no país.

O estudo vai ainda avaliar as condições de vida da população, o consumo privado das famílias e atualizar o cabaz de consumo das famílias, que, por sua vez, permite determinar o Índice de Preço no Consumidor (IPC) e a taxa de inflação no país.

"Depois da pandemia e no contexto em que o mundo e o país vivem, é preciso ter indicadores para avaliar até que ponto as famílias cabo-verdianas sofreram com essa pandemia da covid-19", salientou o vice-presidente do INE, na cidade da Praia, durante o lançamento oficial do projeto e da metodologia.

Os resultados do inquérito às despesas e receitas das famílias vão igualmente permitir ao país determinar o seu Produto Interno Bruto (PIB), prosseguiu a mesma fonte.

A recolha de dados vai arrancar em outubro próximo e durante um ano vão ser inquiridos 7.656 agregados familiares por parte de 85 agentes de terreno, entre inquiridores, coordenadores e supervisores, que vão acompanhar as mesmas famílias durante 15 dias.

A operação está orçada em cerca de 242 milhões de escudos cabo-verdianos (2,1 milhões de euros), tem como principais financiadores o Governo de Cabo Verde, o Banco Mundial (BM) e as Nações Unidas, e o país ainda precisa mobilizar cerca de 20% desse valor.

O Inquérito às Despesas e Receitas Familiares é uma operação que normalmente se realiza de cinco em cinco anos, mas o último (III IDRF) foi em 2015, que concluiu que a pobreza extrema era de 35,2% e a pobreza absoluta era de 10,6%.

"Nós trabalhamos com o último inquérito que foi realizado em 2015, toda a taxa de pobreza tem sido estimada sobre esta base, daí a necessidade e importância de se realizar esta operação agora", afirmou ainda o vice-presidente.

O Governo de Cabo Verde tem em curso o "Programa Mais - Mobilização pela Aceleração da Inclusão Social", criado para acabar com a pobreza extrema, que abrange cerca de 115 mil famílias, e reduzir a pobreza absoluta até final da legislatura (2021--2026).

Fernando Rocha reconheceu "algum atraso" na atualização dos dados, mas lembrou que se trata de uma operação "muito complexa, exigente e bastante custosa".

Neste sentido, aproveitou para apelar à colaboração das famílias cabo-verdianas e de outras fontes de dados, que considerou que já estão a ficar "um pouco cansadas" com as várias operações estatísticas realizadas no arquipélago.

"Mas é preciso deixar esse desafio que é importante termos estatísticas. Nenhum país consegue desenvolver-se ou ser governado sem indicadores, e a instituição que tem essa obrigação de fornecer indicadores para que se tome das melhores decisões é o INE", referiu.

O IV IDRF enquadra-se nas operações estatísticas prioritárias da agenda estatística para o desenvolvimento 2022 a 2026 e do projeto regional de Harmonização das Estatísticas em África Ocidental, financiado pelo Banco Mundial.

Leia Também: Cabo Verde compra parte de privados em empresa de água e energia

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