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NOS passa de lucros a prejuízos no 1.º trimestre impactada pela pandemia

A NOS registou prejuízos de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre, o que compara com lucros de 42,5 milhões de euros em termos homólogos, com os resultados "amplamente impactados" pela pandemia, divulgou hoje a operadora.

NOS passa de lucros a prejuízos no 1.º trimestre impactada pela pandemia
Notícias ao Minuto

18:27 - 06/05/20 por Lusa

Economia Telecomunicações

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora refere que "a atividade operacional da NOS reflete as restrições impostas pela pandemia covid-19, nomeadamente as restrições à circulação e à atividade económica sentida desde o final de fevereiro".

Nos primeiros três meses do ano, as receitas de exploração recuaram 3% para 345,4 milhões de euros e as receitas de telecomunicações baixaram 2,2% para 332,9 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 4,6% para 152,7 milhões de euros.

"Os resultados da NOS foram amplamente afetados pela pandemia COVID-19, no primeiro trimestre de 2020", refere a operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida.

"Neste primeiro trimestre, o número de serviços prestados pela NOS aumentou 199 mil, ou 2,1%, para 9,708 milhões", com os serviços de televisão a subirem 1,7% para 1,644 milhões, enquanto que os serviços de comunicações móveis evoluíram 2,1% para 4,847 milhões, de acordo com a empresa.

"O número de casas com acesso à rede de nova geração fixa aumentou 4,3% para 4,640 milhões", adianta.

No trimestre, "o consumo das famílias manteve-se a um nível estável, tendo sido sentida alguma pressão, neste período, sobretudo no segmento de pequenas e médias Empresas, motivada pela redução ou encerramento completo de atividade".

As receitas de 'roaming' registaram "uma drástica redução".

No segmento cinema, a atividade de exibição foi encerrada em 16 de março, o que levou "a uma quebra nas receitas provenientes da distribuição e exibição, que começou a fazer-se sentir desde o início daquele mês".

No entanto, "a NOS reforçou, no primeiro trimestre do ano, o seu investimento, para 88,2 milhões de euros, excluindo contratos de 'leasing', um valor que compara com os 87,3 milhões registados no mesmo período do ano passado".

A operadora de telecomunicações refere que "a sofisticação e a resiliência das redes de nova geração, quer fixa quer móvel, foi colocada à prova, num registo sem precedentes", sendo que o seu papel "nunca foi tão relevante para manter empresas, instituições e famílias ligadas e a comunicar, com uma intensidade e diversidade de utilização a que nunca se tinha assistido, motivado por uma alteração radical de trabalho e ensino a partir de casa".

Desde a última semana de fevereiro, "em média, na rede fixa e móvel, o tráfego aumentou 30%, com um aumento de 50% no tráfego 'upstream'", sendo que "este desempenho só foi possível devido ao intenso investimento que a NOS tem efetuado nas suas redes nos últimos anos, robustecendo a sua capacidade, a cobertura e a inovação tecnológica".

O número de serviços de banda larga fixa situava-se em 1,425 milhões no final do trimestre, face aos 1,383 milhões registados no período homólogo de 2019 (mais 3%), enquanto o número de serviços de voz fixa alcançou os 1,757 milhões, mais 1,7% face aos 1,728 milhões no final de março de 2019.

O número de Clientes convergentes e integrados atingiu 60,2% da base de clientes de rede fixa, equivalente a 942 mil clientes, no final de março.

Relativamente aos serviços de última geração, a cobertura de rede fixa atingiu no final do trimestre 4,640 milhões de casas, mais 190 mil lares face ao primeiro trimestre de 2019.

"Na rede móvel, além da expansão e modernização da sua rede 4G, a NOS investiu na cobertura de Matosinhos com a tecnologia 5G, tornando-a assim a primeira cidade 5G em Portugal", salienta.

Nos cinenas, o número de bilhetes vendidos caiu 17,4%.

"Até ao final de fevereiro, o comportamento desta atividade registava um aumento de 15,1% face ao ano anterior, situação que se inverteu em março", adianta.

"A área de cinema e audiovisuais registou uma forte desaceleração a partir do início de março, com as receitas a caírem 15,5% para 21,8 milhões de euros. As receitas de cinema recuaram 16,8% e as de audiovisuais 19,3%", detalha.

Nas telecomunicações, "os maiores impactos foram sentidos na receita de subscrição de canais 'premium', em particular dos canais de desporto (Sport TV, BTV e Eleven Sports) que foram disponibilizados aos clientes de forma gratuita e nas receitas provenientes do 'roaming' internacional, fruto da impossibilidade de viajar".

O segmento empresarial também foi afetado, "com algumas empresas a serem forçadas a reduzir os seus custos, tendo em conta a diminuição ou encerramento das suas atividades", sendo que também a venda de equipamentos foi menor, fruto da reduzida atividade comercial e encerramento do comércio de retalho".

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