Trabalhadores da Olá em greve para poderem reunir-se dentro da empresa
Uma dezena de trabalhadores da Fima Olá -- Produtos Alimentares concentrou-se esta tarde em frente à empresa, com sede no concelho de Loures, para reivindicar o direito a poder realizar plenários dentro das instalações da fábrica.
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Economia Loures
A concentração, seguida de plenário, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA), num dia em que os trabalhadores realizam uma greve de 24 horas.
As razões para este protesto, que juntou cerca de uma dezena de trabalhadores, devem-se, segundo explicou aos jornalistas o dirigente sindical José Manuel Pereira, do SITE-CSRA, à "intransigência da administração da empresa" de "não permitir a realização de plenários nas suas instalações".
"Estamos aqui a reivindicar o direito que todos os trabalhadores portugueses têm de reunir no local de trabalho conforme está na Constituição. Estamos a ser impedidos pela empresa", acusou José Manuel Pereira.
O dirigente sindical referiu que este impedimento já dura há mais de um ano e que durante o ano transato foram realizadas "cinco reuniões com a administração para tentar resolver a situação".
Segundo explicou José Manuel Pereira, a administração argumenta que só seriam permitidas convocatórias se fossem feitas por uma comissão intersindical, com elementos da União Geral de Trabalhadores (UGT), algo que a "Comissão de Trabalhadores recusa".
Apesar desta contestação, José Manuel Pereira ressalvou que as "condições laborais são satisfatórias" e que os trabalhadores "até têm bons salários".
Contudo, o dirigente sindical lamentou o crescente número de precários, estando nesta situação 150 dos 450 trabalhadores da empresa.
A Lusa contactou fonte da administração da Olá, mas não obteve resposta até ao momento.
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