Wall Street fecha sem rumo entre subida da Apple e disputa comercial
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo definido, com a valorização da Apple a sustentar o setor tecnológico, enquanto o resto do mercado estremeceu com um novo pico de tensão nas relações comerciais entre EUA e China.
© Reuters
Economia Bolsas
O índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,32%, para os 25.333,82 pontos, e o alargado S&P500 recuou 0,10%, para os 2.813,36.
Ao contrário, o tecnológico Nasdaq avançou 0,46%, para as 7.707,29 unidades. Este índice beneficiou da forte subida da Apple, que valorizou 5,89%, depois de divulgar resultados considerados satisfatórios pelos investidores, o que aproximou a ação do patamar dos 200 dólares e a capitalização bolsista do bilião (milhão de milhões) de dólares.
Outro sinal encorajador para os investidores veio do setor privado nos EUA, com uma forte criação de emprego em julho, pelas estimativas do inquérito mensal do gabinete privado ADP, divulgadas dois dias antes do relatório oficial sobre o mercado de trabalho.
Mas outros indicadores apareceram mais mitigados, como o das despesas de construção nos EUA, que recuaram em junho, para surpresa dos analistas, ao passo que o ritmo de progressão da atividade no setor industrial diminuiu mais do que previsto em julho.
Sobretudo, "as inquietações sobre o comércio tornaram a aparecer", destacou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities. Na terça-feira, "aplaudiam-se as informações de que se esboçava um novo diálogo entre os EUA e a China, mas hoje encaixaram-se informações que dão conta de que Donald Trump está a preparar novas taxas alfandegárias".
O governo do Trump confirmou, logo a seguir ao fecho da sessão bolsista, os rumores que circulavam até então, ao anunciar querer relevar para 25% os direitos alfandegários a aplicar a 200 mil milhões de dólares de importações de bens chineses.
Ao contrário, os investidores pouco reagiram quando o banco central dos EUA anunciou, durante a sessão bolsista, que mantinha as taxas de juro intactas.
Contudo, a instituição insistiu no "forte" crescimento da economia dos EUA, assinalando a probabilidade de uma próxima subida do custo do crédito.
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