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"Para ter outra dimensão, Jesus tem de ter jogadores mais experientes"

Em declarações ao Desporto ao Minuto, Luís Gonçalves, antigo treinador das camadas jovens do Sporting (entre 1999 e 2011), comentou a aposta menos acentuada nos jovens jogadores para o onze base dos leões desde que Jorge Jesus chegou ao comando técnico.

"Para ter outra dimensão, Jesus tem de ter jogadores mais experientes"
Notícias ao Minuto

09:30 - 29/01/18 por Andreia Brites Dias

Desporto Análise

O Sporting conquistou a Taça da Liga, após um triunfo frente ao Vitória de Setúbal, resolvido nas grandes penalidades. Após o encontro, Jorge Jesus falou do regresso aos títulos dos leões e da importância do investimento, alertando ainda para o facto de ser necessário "produzir riqueza" para "haver investimento".

Desde que Jorge Jesus chegou ao Sporting que se observaram diversas mudanças, nomeadamente, na questão do plantel. Até então – e nos últimos anos de Sporting 'pré-Jesus' -, a equipa leonina era, essencialmente, composta por jogadores formados na Academia Sporting, apresentando, consequentemente, um plantel mais jovem e com menos experiência.

Se compararmos a última equipa antes de Jorge Jesus tomar as 'rédeas' dos leões, conseguimos encontrar algumas alterações. Ora vejamos.

No Sporting de 2014/15, de Marco Silva, a equipa tinha uma média de idades de 22 anos, com 130 milhões de valor de mercado total de plantel. Na referida época, o onze base contava com sete jogadores portugueses, em que seis deles eram fruto da formação leonina: Rui Patrício, Cédric, William, Adrien Silva, Nani e João Mário.

Com a entrada de Jorge Jesus, o 'paradigma' foi-se alterando gradualmente. Na temporada 2015/16 e 2016/17, os leões tinham um onze base com cinco portugueses, todos formados em Alcochete – Rui Patrício, Rúben Semedo, William, Adrien e Gelson. Em ambas as épocas a média de idades subiu para 24 anos e o valor da formação para 157 milhões de euros, no primeiro ano, e, novamente, 24 anos de média de idades valendo 217 milhões de euros, no segundo ano.

Esta temporada, o cenário continuou a alterar-se. Com uma média de idades de 26 anos e 170 milhões de euros de valor de mercado total, o Sporting de Jorge Jesus conta com cinco portugueses no seu onze base, sendo três deles fruto da formação: Rui Patrício, William e Gelson Martins.

A idade dos jogadores até pode estar diretamente relacionada com a experiência e com a qualidade? Uma equipa mais jovem é, por regra, mais imatura e de menos qualidade do que uma equipa mais 'rodada'? Em declarações ao Desporto ao Minuto, Luís Gonçalves, antigo treinador da formação do Sporting, falou sobre esta mudança de aposta na ‘juventude’, pelo menos, para o onze base dos verde e brancos.

"Defesa mais experiente? Quanto mais perto da baliza, mais consequências os erros podem ter"

"Os jogadores oriundos da formação de qualquer clube, se tiverem qualidade, terão o seu lugar. Mas compreendo as opções de Jorge Jesus, porque para a equipa ter outra dimensão tem de ter jogadores mais experientes e com mais maturidade. Se pensarmos numa equipa que está em todas as frentes, e que algumas delas são decididas em finais, às vezes, há situações em que um jogador mais experiente é mais benéfico", começou por explicar. 

"Não é uma regra que, para conquistar títulos, seja necessário uma equipa mais experiente, mas também vejo que seria mais difícil se toda a equipa fosse jovem. Uma mescla entre juventude e experiência... é o ideal. É evidente que os melhores jogadores são mais caros e é necessário fazer investimentos. É importante sempre a maturidade e experiência dos jogadores, mas também há jogadores de idade jovem que têm muita maturidade."

Uma das grandes diferenças, no Sporting de JJ, comparativamente ao Sporting 'pré-Jesus', é o quarteto defensivo. Se, no meio-campo, ou na frente de ataque, o técnico manteve alguma da 'prata da casa' e, a espaços, vai dando oportunidade a jogadores mais jovens até para tentarem garantir lugares, como o caso de Gelson Martins, o mesmo não se tem passado no quarteto defensivo, onde fez logo alterações. 

Mesmo com oportunidades, a espaços e em determinadas ocasiões, para outros atletas, os leões passaram de Cédric, Ewerton, Paulo Oliveira e Jefferson - na última temporada de Marco Silva - para C. Piccini, S. Coates, J. Mathieu e Fábio Coentrão - esta época. Um quarto defensivo mais experiente e com outra maturidade, até de outros palcos.

Quanto a este aspeto, na última linha antes de Rui Patrício, Luís Gonçalves falou em "consequências": "É compreensível até porque é mais fácil lançar jogadores jovens na linha média e ofensiva. Quanto mais perto da baliza, mais consequências os erros podem ter."

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