Samuel Eto'o participou, esta segunda-feira, na Aspire Global Summit, que decorre em Doha, no Qatar, onde repassou algumas das pessoas mais marcantes com quem trabalhou ao longo da carreira, sem esquecer José Mourinho.

O ex-internacional camaronês foi orientado pelo português, quer no Inter de Milão, quer no Chelsea, e revela que ficou "feliz" quando ouviu o Special One afirmar que "poderia ser um bom treinador".

"Deixou-me um mês no banco e fazia-me aquecer nos descontos. Na cabeça dele, estava a 'picar-me' para me ter na mão", afirmou o antigo avançado, em declarações reproduzidas pelo jornal espanhol As.

"Falei com ele quando saiu. Era aquilo que ele queria de mim, que recuperasse o meu nível. E foi o que fiz. Ganhámos tudo. Tínhamos uma equipa de onze guerreiros e vencemos de outra maneira", acrescentou.

Samuel Eto'o elogiou, também, Pep Guardiola, ainda que com uma ressalva: "Estou apaixonado por ele como treinador, não como pessoa. Com ele, aprendi a jogar futebol. Interpretava-o melhor do que ninguém. Naquele Barcelona, dizia a Ronaldinho quando entrávamos em campo 'Vamos jogar e ver quem faz mais túneis'. Éramos muito superiores".

No entanto, quando questionado sobre o melhor treinador que teve, o camaronês não escolheu, nem Mourinho, nem Guardiola, mas sim Luis Aragonés, recordando uma conversa que manteve com ele no ano de 2000.

"Foi uma conversa que me mudou a vida. Ele disse-me que tinha feito tudo no Maiorca e que fosse para outra equipa para ver qual era o meu nível real. Naquele momento, pensei 'Mas o que é que este velho está a dizer?'", lembrou.

"O Luis tinha muita personalidade, mas sabia jogar com ela. Lembro-me de quando quase me deu uma cabeçada em Saragoça. No dia seguinte, disse-me que, efetivamente, me queria acertar. Era como um pai. Seria uma grande honra aproximar-me dele como treinador", concluiu.

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