Uma final jogada como tal, um jogo recheado de golos e o desfecho mais feliz para os portugueses. Portugal é o novo dono do título de campeão europeu de sub-19. No domingo, a seleção nacional bateu a Itália (4-3), numa final disputada em Seinajoki e que foi apenas resolvida no prolongamento. 

Durante 120 minutos, o conjunto luso, liderado por Hélio Sousa, demonstrou sempre ter enorme raça e foi sempre superior a uma Itália que, ainda assim, teve forças para adiar a decisão final para o período de prolongamento. 

No final, um golo de Pedro Correira - Martelo no mundo 'da bola' - fez o quarto luso e transformou o sonho em realidade. E, diga-se, com toda a justiça. 

Este foi o primeiro título português conquistado no atual formato do escalão de sub-19, criado em 2001/2002, mas Portugal já tinha conquistado outros três. 

No entanto, a nota de maior destaque vai para o facto de alguns destes jogadores também terem marcado presença na conquista do Campeonato Europeu sub-17 conquistado em 2016, na Holanda. Na altura, a seleção portuguesa, também ela comandada por Hélio Sousa, derrotou a grande rival Espanha através das grandes penalidades.

A título de exemplo, e comparando as finais de 2016 e 2018, há cinco jogadores que estiveram nas duas conquistas na condição de titulares: Rúben Vinagre, Florentino Luís, Domingos Quina, José Gomes e Jota. 

Mas não são os únicos. Diogo Costa, guardião que se lesionou contra o Ucrânia na meia-final, também era o dono da baliza há dois anos. Ontem, e face à lesão do companheiro, João Virgínia assumiu a baliza diante dos italianos. O jovem guardião do Arsenal também esteve na seleção que venceu o campeonato europeu de sub-17 na condição de terceiro guarda-redes. 

Diogo Queiróz, Thierry Correia, Mésaque Djú e Miguel Luís fecham o lote de jogadores que conquistaram o campeonato europeu de sub-17 (2016) e de sub-19 (2018). 

Mundial de sub-20 no horizonte 

A próxima tarefa de Hélio Sousa passará agora pelo desempenho da seleção sub-20 no Mundial'2019 disputado na Polónia. A espinha dorsal da seleção contará, com toda a certeza, com muitos dos nomes que fizeram história na Finlândia. E sim, é permitido sonhar com o título mundial.

Estes miúdos fazem parte de uma geração recheada de talento e trabalho. Uma geração que poderá repetir o mesmo feito daquela geração de ouro em 1991. E, recorde-se que, até já estivemos lá perto em 2011, mas o Brasil foi mais forte no prolongamento.